Após bafo na nuca, Mano pede nova cultura: "Imagina no Atletiba!"

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A proximidade entre arquibancada e campo é uma das principais atrações da nova Arena da Baixada. São 7,6 metros de distância atrás dos gols e 6,1 metros na linha lateral. Nenhum outro estádio da Copa do Mundo de 2014 deixa o torcedor tão perto do jogo. Algo que, segundo o técnico do Corinthians, Mano Menezes, exigirá uma mudança cultural.

"A gente sabe que a cultura do torcedor brasileiro não é apenas de incentivar o seu time, mas de hostilizar o adversário. É preciso uma mudança de cultura. Não só no futebol, mas do país", afirmou o treinador, na entrevista coletiva após o evento-teste desta quarta-feira, referindo-se não apenas ao estádio do Atlético, mas a todas as arenas da Copa.

Durante o jogo, Mano ouviu alguns xingamentos de torcedores bem próximos ao banco de reservas. Na saída da entrevista, foi questionado se havia acontecido algo mais grave. "Não. Tudo normal. Mas imagina um Atletiba! Imagina um Atletiba!", disse.

Técnico da casa, Miguel Ángel Portugal também sofreu com os torcedores. Não apenas aqueles colados no banco de reservas, mas boa parte do estádio gritou "Fora Portugal". Coro que o espanhol respondeu com ironia. "Entendo que o torcedor quer aprender a falar o meu nome", disse.

Já no primeiro jogo-teste, um Atlético x J. Malucelli, disputado dia 29 de março, havia sido detectada a possibilidade de problemas especialmente na proximidade entre o público e os bancos de reservas, colados na arquibancada.

Na partida desta quarta-feira, as quatro primeiras fileiras de assentos foram isoladas. Para a Copa, há a possibilidade de instalação de um acrílico em volta do reservado do técnico e dos jogadores. Após o Mundial, será colocado um vidro de pouco menos de um metro sobre a mureta que separa a arquibancada do campo, para prevenir eventuais invasões.