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Membros da organizada Os Fanáticos em confronto com manifestantes em frente à Arena da Baixada sexta-feira | André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Membros da organizada Os Fanáticos em confronto com manifestantes em frente à Arena da Baixada sexta-feira| Foto: André Rodrigues/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Membros da torcida Os Fanáticos esperaram em frente da Arena para, segundo eles, proteger o patrimônio do clube

A diretoria do Atlético divulgou nota oficial sábado (23) agradecendo a participação da torcida organizada Os Fanáticos no quebra-quebra de sexta-feira contra manifestantes que foram protestar contra a organização da Copa do Mundo na frente da Arena da Baixada. A cúpula rubro-negra também considera que os protestos contra o Mundial estão "atrasados". "

VÍDEO: veja imagens dos confrontos na Arena da Baixada e no Centro Cívico

"O CAP não entra no mérito das manifestações contra a Copa, porém, entende que as mesmas estão cinco anos atrasadas, pois deveriam ter acontecido em 2008, quando foram escolhidas as sedes do evento", relata o texto.

Na noite de sexta-feira (20), cerca de 30 membros da organizada entraram em confronto com manifestantes de um dos protestos que vêm tomando as ruas de Curitiba. O confronto ocorreu depois que uma parte da passeata, que, entre outras coisas, pedia menos gastos na organização da Copa de 2014, decidiu ir em direção à Arena de Baixada, que será uma das sedes do Mundial.

Ao ver os manifestantes se aproximarem do estádio, o grupo atleticano começou a disparar rojões na direção dos manifestantes e partiu para cima armados de paus e pedras. Pessoas caídas no chão foram fortemente agredidos pelos membros da facção. A direção da Fanáticos alega que agiu para "proteger o patrimônio do clube".

Durante o trajeto até a Baixada, a reportagem da Gazeta do Povo ouviu algumas pessoas dizendo que iriam à Baixada com o intuito de invadir e quebrar o estádio. Há suspeita de que, além dos arruaceiros que não são ligados ao futebol, havia integrantes de torcidas organizadas de outros times na passeata. "A presença e o comportamento dos Fanáticos com desprendimento, disposição e amor coibiu e protegeu o patrimônio atleticano de um ataque sem precedentes", relata a nota, publicada no site do Furacão.

Cerca de 40 minutos antes de a manifestação chegar à Arena, cerca de 30 membros da facção atleticana já estavam nas cercanias do estádio. Uma foto foi publicada no Twitter em que mostrava os membros da organizada com paus à espera da manifestação.

Houve confusão na Avenida Getúlio Vargas, com brigas, bombas, paus e pedras. A situação só foi controlada com a presença da Tropa de Choque da Polícia Militar(PM). Ninguém foi preso.

Pouco antes do confronto, por telefone, o ex-vereador Julião Sobota, presidente da Fanáticos, confirmou à reportagem da Gazeta do Povo que a organizada estava lá para proteger o estádio. "Nós somos o policiamento [da Arena]", declarou, referindo-se ao fato de que não havia policiais no local enquanto os manifestantes se dirigiam à Arena.

Leia abaixo a íntegra da nota:

"No final da tarde de ontem (21 de junho), o estádio Joaquim Américo foi alvo de manifestantes que, além de protestar, promoveram depredações ao patrimônio do clube. O Clube Atlético Paranaense agradece o apoio da Torcida Organizada Os Fanáticos na proteção feita à Arena, estádio que sediará a Copa do Mundo, em Curitiba, e que é a casa de todos os torcedores rubro-negros. A presença e o comportamento dos Fanáticos com desprendimento, disposição e amor coibiu e protegeu o patrimônio atleticano de um ataque sem precedentes.

O Clube Atlético Paranaense esclarece que a realização da Copa do Mundo foi uma iniciativa dos Governos Federal, Estadual e Municipal. O CAP disponibilizou o seu estádio, até então o mais moderno do país, aos governos para que viabilizassem a realização da competição, evento de grande porte e representatividade mundial, em Curitiba.

A parceria tripartite entre Governo do Estado do Paraná, Prefeitura Municipal de Curitiba e Clube Atlético Paranaense permitiu a união pública e privada de esforços com intuito de realizar as obras do estádio com o custo mais baixo entre todas as sedes. O valor investido pelos governos foi realizado em títulos de potencial construtivo (que serão comprados pela iniciativa privada posteriormente) e não com a utilização de recursos advindos dos orçamentos municipal e estadual. Este valor de títulos de potencial construtivo gira em torno de R$ 123 milhões, enquanto em outros Estados os investimentos nas obras dos estádios ultrapassaram R$ 1 bilhão, tendo ficado a média destes investimentos em R$ 750 milhões. Ou seja, seis (6) vezes maior que o valor da obra do estádio no Paraná.

Além disso, a auto-gestão das obras da Arena pelo clube permitiu uma redução ainda maior no orçamento. É importante ressaltar que além do patrimônio que já existia no estádio antes das obras de reforma e ampliação para a Copa do Mundo, o clube está pagando a sua parte do acordo tripartite para a realização das obras. Ou seja, o patrimônio continua sendo particular e o CAP não admitirá que o mesmo seja depredado. Da mesma maneira, o clube entende que toda a comunidade paranaense será beneficiada com a vinda da Copa do Mundo, evento de grande porte e representatividade mundial, não somente os torcedores atleticanos.

O CAP não entra no mérito das manifestações contra a Copa, porém, entende que as mesmas estão cinco anos atrasadas, pois deveriam ter acontecido em 2008 quando foram escolhidas as sedes do evento. Atualmente, o que pode e deve ser feito é uma profunda auditoria nas contas das obras que possuem empreiteiras e nos tesouros de outros Estados que gastaram várias vezes mais que o necessário para a reforma dos estádios.

O CAP não é contra as manifestações, desde sejam feitas de maneira civilizada e sem danos ao patrimônio, sejam eles públicos ou privados."

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Vida e Cidadania | 3:21

Os protestos desta sexta-feira (21) começaram pacíficos na capital, mas terminaram com violência e destruição. Tubos de ônibus, orelhões, prédios particulares e de órgãos públicos foram vandalizados.

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