Atlético ganha Romário como aliado

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O Atlético ganhou um aliado de peso na briga para finalizar a Arena. Manjado tanto pela habilidade com a bola no pé quanto pelas palavras fortes – e muitas vezes polêmicas –, o ex-jogador Romário mostrou-se insatisfeito com as exigências da Fifa que elevaram o custo da Baixada em R$ 45 milhões. Agora deputado federal pelo PSB-RJ, o Baixinho prometeu agir para contornar o impasse do financiamento do estádio. Além do aumento causado pela entidade máxima do futebol, outros R$ 40 milhões foram somados ao orçamento prévio devido à atualização dos custos de materiais de construção e mão de obra.

Desde quando foi construída, a Arena sempre foi um modelo de estádio. Vejo aqui algumas coisas que não consigo entender e nem aceitar. Tem que ter limite. Em julho vai estar 10°C aqui e para que ar condicionado? Para que um gasto de R$ 11 milhões para colocar cadeiras novas que, no mínimo umas mil ou duas mil, serão quebradas por jogo?", questionou o deputado, que também é vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara. O grupo esteve na capital paranaense no dia 16 de maio, para o II Fórum Legislativo das Cidades-Sede da Copa do Mundo de 2014.

A reação inconformada do político carioca ocorreu logo após ser informado pelo presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Gláucio Geara, sobre as novas exigências feitas pela Fifa. Rapidamente, afirmou que vai trabalhar em uma maneira de deixar o clube livre das novas obrigações.

Diante da consternação, Romário apontou as armas para o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e também presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL), pedindo explicações e uma atitude severa do cartola. "O presidente Ricardo Teixeira tem de tomar frente nisso e conversar com a Fifa e mostrar que estamos no Brasil. Se o COL não tomar providências, a tendência é só piorar. Vou fazer um requerimento chamando o Ricardo Teixeira para comparecer à Comissão", prometeu o ex-atacante.

Além de Teixeira, a própria Fifa está na mira, já que o Baixinho quer ver o presidente da entidade, Joseph Blatter, na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos. "Temos de mostrar que algumas coisas que pedem são bonitas, lindas e maravilhosas. Só que tudo isso encarece o projeto e acaba atrasando tudo", concluiu.

Enquanto espera, o Atlético silencia. Não há ainda resposta para a pergunta sobre quem vai pagar os R$ 85 milhões – no total, a Baixada sairá por R$ 220 milhões.

ObrasEstá chovendo construtora no Atlético. Depois das conversas com a OAS e a Andrade Gutierrez – que o clube deve receber essa semana para uma reunião –, surgiu mais uma interessada. O nome da empresa não foi revelado, mas a diretoria do Rubro-Negro afirmou tratar-se de uma "muito grande".