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Ai se eu te pego

Sindicatos de operários suíços estão pressionado a Fifa para respeitar os direitos humanos na preparação brasileira para sediar a Copa de 2014. O Solidar Suisse, que representa trabalhadores do setor de construção na Suíça, lançou uma campanha em que cobra a entidade por meio de um vídeo na internet. Nele, um ator parecido com Joseph Blatter, atual presidente da Fifa, dança ao som de uma paródia da música Ai se eu te pego, sucesso de Michel Teló. "Notas, notas, assim você me mata" e "estamos ficando ricos" canta o ator que interpreta o dirigente, em uma crítica ao comportamento da Fifa, que estaria apenas preocupada em lucrar com o torneio. A reclamação principal é contra as más condições de trabalho dos operários brasileiros.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, encaminhou carta à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, aceitando o convite para discutir o projeto da Lei Geral da Copa. O dirigente suíço queria que o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, o representasse no encontro sobre o tema em Brasília, mas os senadores não concordaram com a ideia, em retaliação à declaração dele de que o Brasil precisaria de um "chute no traseiro" para apressar o andamento das obras para o Mundial de 2014.

Diante da negativa do Se­­nado em receber Valcke, a Fifa chegou a afirmar na semana passada que Blatter não viria ao Brasil para discutir a Lei da Copa como queriam os senadores. Com isso, a entidade ficaria de fora da discussão do projeto que mais lhe interessa no Congresso Nacional. Mas o dirigente suíço recuou.

A informação da carta de Blatter aceitando o convite foi lida ontem pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Roberto Requião (PMDB-PR). No documento, o presidente da Fifa pede que seja negociada uma data para sua presença na audiência em Brasília.

Roberto Requião deixou clara a surpresa com a concordância de Blatter em comparecer ao Senado. Ele destacou ainda que, devido ao regimento, isso fará com que a tramitação do projeto seja suspensa até a realização da audiência com o presidente da Fifa.

Uma alternativa seria desvincular o convite do projeto, que poderia continuar tramitando, independente da data da presença de Blatter. A expectativa do governo é votar a Lei Geral da Copa na primeira quinzena de maio no Senado.

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