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A presidente Dilma Rousseff demonstrou nesta terça-feira (3) insatisfação com declarações passadas do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao afirmar que o país não deve ser "obrigado" a escutar "certas considerações" que ferem "sua soberania".

Em entrevista à TV Bandeirantes, ela foi questionada se concorda com as críticas do dirigente sobre a preparação da Copa do Mundo no Brasil. Disse: "Olha, não tenho concordado há muito tempo com declarações variadas. Há muito tempo não concordo".

"O Brasil é muito capaz de fazer todas as coisas: de lutar pela Copa, pela taça, pelo campeonato, pela taça. É incorreta a forma pela qual um país que recebe a Copa é obrigado a escutar certas considerações indevidas a respeito de si mesmo e da sua soberania. De um país que tem condições de fazer Copa absolutamente ordeira, fazer a melhor Copa do Mundo", disse a presidente.

Na entrevista, não houve menção a quais declarações aborreceram Dilma - que disse que, como presidente, não pode ficar "pelas tantas" com nada. A declaração mais polêmica de Valcke foi dada em 2012, quando o secretário-geral da Fifa disse que o Brasil merecia um "chute no traseiro" para agilizar as obras do Mundial.

No fim do mês passado, fez um novo balanço: "Foram muitos atrasos. Primeiro, o prazo era 31 de dezembro, depois janeiro, fevereiro, março.... Alguns estádios ainda estão em obras. Os atrasos foram o maior problema. O tempo é um luxo que desaparece. Tudo dará certo, mas alguns estresses poderiam ter sido evitados".

Questionada se é o PMDB ou a Fifa que traz mais problemas para a presidente, Dilma respondeu: "Eu já disse que o PMDB só me dá alegria. A Fifa, a gente neste momento tem que ter uma postura no sentido de que agora nós vamos para a Copa".

Manifestações e segurança

Dilma disse que não irá admitir que haja "qualquer tipo de baderna" que impeça que pessoas assistam à Copa do Mundo. Reafirmou também que o país estará seguro tanto para chefes de Estado quanto para torcedores e turistas e que colocará à disposição dos governadores dos Estados onde estão as cidades-sede do Mundial o Exército.

"As manifestações são absolutamente legítimas. Não é legítimo, não é democrático quebra-quebra, destruir propriedade privada e pública e muito menos, porque aí é crime, destruir propriedade também é crime, mas é crime tirar a vida humana", disse.

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