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Vilson: afinado com a CBF | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Vilson: afinado com a CBF| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Antes de Luiz Felipe Scolari anunciar a lista de 23 jogadores, José Maria Marín fez a primeira convocação para a Copa do Mundo de 2014. "O chefe de delegação da seleção brasileira será o Vilson Rubens de Andrade", disse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Gafe à parte, a indicação mostra o peso atual de Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, nos bastidores do futebol brasileiro como presidente da Comissão Nacional de Clubes. Convidado em fevereiro para o cargo historicamente político, o dirigente conseguiu, na semana passada, uma vitória importante para a confederação em Brasília. Conseguiu excluir do projeto de lei do Proforte o artigo que previa o repasse de 10% do faturamento da CBF para o Fundo de Iniciação Desportiva na Educação. Um bolo de R$ 30 milhões por ano, pelos cálculos do deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), relator do projeto.

"Evidentemente que a CBF gostou, mas nunca pediu que esse artigo fosse retirado. Foi uma decisão dos clubes porque é um item inconstitucional, que travaria a tramitação do projeto. E se não for aprovado até o fim da Copa, já era. Não sei se foi determinante, mas o trabalho na comissão credenciou meu nome para avaliação", explicou Andrade, que teve portas abertas em Brasília pela confederação. "A CBF tem força política. Sabe qual o melhor caminho para facilitar a aprovação", disse.

Guindado a chefe de delegação pela atuação política, Andrade terá como uma das missões blindar a seleção brasileira do uso político em ano de eleição presidencial e estadual. Felipão cobrou, após a convocação, bom senso para dar tranquilidade aos jogadores durante a Copa.

"Faz parte do meu trabalho não permitir isso. A seleção não pode ser usada com objetivo político", disse o dirigente. No dia 25 de maio, véspera da apresentação da seleção, Andrade já estará na Granja Comary. Espera sair algumas vezes de lá para Curitiba, mas calcula passar no mínimo 30 dias fora até o fim da Copa. Nesse período, o Coritiba será conduzido pelos vice-presidentes e dirigentes remunerados. Ajuda o fato de o clube ter duas semanas de folga depois do último jogo pelo Brasileiro, dia 31 de maio. Depois o elenco terá uma pré-temporada.

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