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Uma das atrações extras do Moses Mabhida, em Durban, é o salto de bungee jump em direção ao gramado. | Albari Rosa/ Gazeta do Povo - enviado especial
Uma das atrações extras do Moses Mabhida, em Durban, é o salto de bungee jump em direção ao gramado.| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo - enviado especial

Durban - De todos os estádios visitados pela Gazeta do Povo, dois tentaram ter vida própria sem ajuda privada ou governamental, mas apenas um conseguiu. Enquanto o Moses Mabhida, em Durban, é talvez o único exemplo de sucesso nessa independência financeira, o Green Point, na Cidade do Cabo, o mais caro construído para a Copa 2010, tenta seguir – ainda sem sucesso –, o caminho traçado pela da praça vizinha.

Localizado ao lado da praia, e em uma cidade turística, o estádio de Durban não precisa de eventos especiais para ser bastante frequentado todos os dias. Mesmo sem jogos ou shows, o estádio tem uma programação de visitas que rende boa parte do que ele precisa para se manter. Apenas com a receita obtida no teleférico local, são mais de R$ 2 milhões por ano.

Há ainda visitas diárias ao estádio e saltos de bungee jump que fazem o faturamento quase dobrar. Além disso, 139 suítes são alugadas para festas de casamento e de aniversário, assim como o espaço para restaurantes e lojas do lado de fora do estádio. "Não sei sobre os outros, mas o nosso estádio está muito bem, obrigado", afirma o guia Njongo Faleni. Ele é responsável por mostrar o Moses Mabhida em uma visita de 30 minutos que, normalmente pela sua própria empolgação, dura mais meia hora.

O acréscimo se dá, principalmente, quando o jovem começa a falar das partidas que o estádio abrigou na Copa do Mundo. "Neste campo estiveram David Villa, Podolski e Cristiano Ronaldo! Neste estádio jogaram Brasil e Portugal!". O tom de voz dá a entender que está na hora dos turistas entrarem em frenesi – o que naturalmente fica bem longe de acontecer.

A explicação de sucesso pode estar na mais na cidade do que no próprio estádio. Durban tem poucos pontos de atração para concorrer com o novo estádio. O próprio teleférico do Moses é o ponto mais alto para se apreciar a vista da cidade.

No caso da Cidade do Cabo, a concorrência com as atrações naturais deixa o Green Point meio apagado. Se no estádio de Durban nosso grupo de visitação tinha cerca de 15 pessoas, no estádio vizinho o guia falou apenas para a reportagem. Mas ele jura que às vezes mais de mil turistas passam por lá em um único dia para conhecer o local. Logo, quem for ao estádio também poderá usufruir de uma área apenas para restaurantes, que funcionará diariamente. Uma isca a mais para atrair público e diminuir o pesadelo gerencial em que se transformou o local.

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