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Estádio mais pronto em 2007, Arena será o último palco a ser entregue | Antonio More/ Gazeta do Povo
Estádio mais pronto em 2007, Arena será o último palco a ser entregue| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Curitiba será mesmo uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Após quatro semanas de tensão, a Fifa confirmou pela segunda vez a cidade no Mundial, ontem, em um telefonema do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao prefeito Gustavo Fruet, e em duas publicações no perfil da entidade no Twitter. A Arena da Baixada estará concluída para jogos de futebol no dia 30 de abril. Em 15 de maio, estarão prontas todas as instalações necessárias para um jogo de Copa. A Fifa assume o estádio uma semana depois.

"Governo estadual, prefeitura e Atlético trabalharam bem e não há outra decisão possível a não ser manter Curitiba. A cidade entendeu a pressão exercida por nós. Está atrasado, mas estão trabalhando com afinco, sob pressão. As equipes da Fifa e do COL vão permanecer lá. A gestão do estádio estará sob nossa responsabilidade, com apoio da prefeitura e governo, até o fim", afirmou Valcke, em entrevista coletiva em Florianópolis, onde acontece hoje e amanhã o Seminário de Equipes.

Valcke estava claramente contrariado. Chamou o encontro com os jornalistas de "não coletiva", pois pouco antes Fruet havia atendido a imprensa em Curitiba. Também disse que, pelo jeito, não era ele quem controlava sua conta e a da Fifa no Twitter. "Se dependesse de mim, não teria anunciado tão cedo", disse.

O secretário-geral ordenou a criação do plano de emergência, anunciado em 21 de janeiro, para manter Curitiba na Copa diante do estágio cru da obra. "Não era apenas questão de dinheiro, mas receávamos não dispor a tempo da energia elétrica. Não há TI e transmissão da Copa do Mundo sem energia", ilustrou.

Ontem, o consultor de estádios da Fifa, Charles Botta, verificou pessoalmente a aplicação dos três pontos: criação de um comitê gestor tripartite, aumento do número de operários na obra e melhoria no fluxo financeiro.

Primeiro, ele se reuniu com Fruet e os presidentes do Atlético, Mario Celso Pe­­traglia, e Fomento Paraná, Juraci Barbosa. Queria saber do fluxo financeiro da obra. Convencido do plano do governo estadual para não deixar faltar dinheiro, adotou um tom mais ameno. Em vários momentos falou de planos para o futuro da Arena e etapas que deveriam ser cumpridas até a Copa. Disse que em momento algum a Fifa tinha desistido de Curitiba, apenas que a entidade queria ver a evolução da obra. "A saída da sede seria ruim para todos", disse.

O mesmo discurso foi adotado na visita de mais de uma hora ao estádio. "Não tem como não ver o avanço", exclamou. Ele voltou a pedir aumento no número de operários e a limpeza constante de todas as áreas, para evitar acúmulo de entulho.

"A evolução anterior da obra não nos permitia confirmar a sede. Mantido aquele ritmo, não ficaria pronto a tempo. A implementação das medidas agora aponta para a possibilidade de conclusão a tempo e com a qualidade necessária", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes.

Até a conclusão total do estádio, a Fifa pretende realizar dois eventos-teste. Um no fim de março, com capacidade reduzida para 10 mil pessoas, e outro em abril, com público maior. Até sexta-feira o Atlético deve definir, em conjunto com o COL, esses jogos.

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