O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, declarou nesta quinta-feira (27), no Rio de Janeiro, que foi a decisão correta manter Curitiba na Copa do Mundo, apesar do ameaçador atraso nas obras da Arena da Baixada. Ele, porém, não deixou de cobrar os responsáveis pela sede e lembrar que o trabalho deve prosseguir em ritmo acelerado.
"Fizemos a decisão certa de manter Curitiba. Está realizando um grande trabalho, mas ainda tem muito a fazer", disse Valcke em entrevista coletiva no Maracanã que marcou o fim de mais uma visita ao Brasil nesta sexta-feira o francês volta para Zurique, sede da Fifa.
O primeiro jogo-teste da Arena será neste sábado, um amistoso entre Atlético e J. Malucelli com acesso para 10 mil pessoas. A entrega do estádio para a Fifa está marcada para 15 de maio.
Além de Curitiba, outras duas sedes preocupam: Porto Alegre e São Paulo. No que diz respeito ao Beira-Rio, o secretário-geral da Fifa disse ter recebido uma boa notícia nesta quinta, quando se reuniu com a comitiva de Porto Alegre e ouviu a garantia de que foi firmado um acordo para que as estruturas temporárias ao redor do estádio sejam entregues.
Apesar disso, fez questão de pediu agilidade da organização, uma vez que o prefeito da cidade já admitiu que o estádio deve ser entregue depois do prazo previsto de 21 de maio. "Tivemos boas notícias. Em Porto Alegre uma solução foi encontrada. Não significa que resolvemos tudo. Agora precisa a obra precisa ficar pronta. Esperamos que fique pronta em 70 dias", comentou.
O Itaquerão, em São Paulo, também tem tirado o sono dos dirigentes da Fifa. Sobre o estádio paulista, Valcke afirmou que espera uma solução em relação às estruturas temporárias nesta sexta, lamentou o obstáculo, mas disse que a reunião realizada durante a semana com o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, responsável pelo projeto, o deixou otimista.
"Tive uma reunião com o Andrés [Sanchez] e a primeira parte da solução foi sugerida por ele", comentou. "Estamos à procura de soluções. Vou ser sincero, não tem como ter o jogo de abertura em outro lugar, tem que ser São Paulo. São pessoas do mundo inteiro que já compraram ingressos e estarão vindo para São Paulo, não tem mais nada a fazer."
Os diversos problemas às vésperas do Mundial deixam o dirigente apreensivo. "Temos quase os 12 estádios, mas faltam cerca de 70 dias para a Copa. O tempo está voando. Todos estamos trabalhando pesado, até nos domingos", disse. "Só 77 dias é pouco, claro. O problema não é tanto o tempo para instalar as estruturas, mas o tempo que vai faltar para testar. Está tudo no limite, precisamos de tempo para testar para que tudo funcione normalmente."
Com informações da Agência Estado
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