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O novo presidente da CBF, José Maria Marin, admitiu nesta quarta-feira (28), após reunião da Fifa na Suíça, que seu principal objetivo para a Copa de 2014 não é nem a construção dos estádios e nem a melhoria da infraestrutura do País. Para ele, a grande obra é a formação de uma seleção que seja campeã do Mundial.

"Claro que estádios são importantes. Mas são obras para a Fifa e para o governo. O que importa para nós é a formação de uma seleção. Essa é a obra mais importante para a Copa no Brasil", declarou Marin, que assumiu o comando da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) do Mundial após a renúncia de Ricardo Teixeira. "Essa é a minha prioridade e de todo o brasileiro."

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, chegou a dizer recentemente que o Brasil está mais interessado em ganhar o Mundial do que em organizá-lo, o que, segundo ele, estaria provocando tantos atrasos na preparação para o evento. Nesta quarta-feira, Marin confirmou que a sua prioridade é mesmo a seleção brasileira. "Não dá para ter estádio e não ter equipe", disse o presidente da CBF.

Na última terça-feira, o novo presidente da CBF já havia dito que um dos motivos que o levou a ceder a organização da Copa América de 2015 para o Chile, em troca da sede do torneio em 2019, foi justamente o de preservar a seleção brasileira. Marin entende que uma eventual derrota na Copa de 2014 criaria um mal-estar para a equipe do Brasil jogar em casa no ano seguinte. E, num cenário oposto, um eventual fracasso na Copa América poderia diminuir a festa caso o time tivesse sido campeão mundial no ano anterior.Apoio

O novo presidente da CBF também aproveitou a oportunidade para confirmar seu "apoio total" ao trabalho do técnico Mano Menezes, que está no comando da seleção brasileira desde agosto de 2010. Questionado pela reportagem se o treinador corria risco de perder o cargo, Marin foi enfático: "Não sou louco".

Segundo ele, os testes que Mano Menezes está realizando com jogadores nos últimos dois anos "se justificam" e uma reunião para tratar do futuro da seleção será organizada na semana que vem no Brasil. "Ele está buscando uma base para a seleção. Mano tem minha confiança total", declarou o dirigente.

Marin não quer dar prazos para a formação de uma seleção e nem para Mano Menezes. "O futebol não é uma ciência exata. No futebol, prazos não funcionam", justificou. Mas insistiu que a Olimpíada, entre julho e agosto, será fundamental para o futuro do trabalho. "Londres será um teste para todos. Os Jogos Olímpicos servirão para fazer uma avaliação de jogadores e de todos", avisou.

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