O Brasil ainda não tem um time capaz de sagrar-se hexacampeão e vai precisar fazer muito para brigar pelo título da Copa do Mundo. A avaliação é de quem já jogou Mundial e foi campeão vestindo a amarelinha: Pelé, Rivelino e Raí.
"Me preocupa o que vai acontecer com a seleção porque não temos um caminho a tomar. Hoje não temos um time, não sabemos quem são os titulares em cada posição. Estamos fazendo muita experiência. E agora mudamos de treinador muito em cima da hora", reclamou Rivelino, campeão em 1970, após um evento de um patrocinador em São Paulo.
O caminho que a seleção precisa tomar, segundo Pelé, é deixar de fazer testes. A partir de agora os 11 precisam estar definidos e esses devem seguir até a Copa, sem mudanças significativas. Cada alteração, afirma o Rei do Futebol, é um passo atrás na preparação. Segundo o tricampeão com a seleção, a era Mano Menezes foi um exemplo desse atraso, o que precisa acabar agora com Luiz Felipe Scolari. "Espero que não aconteça o que aconteceu nos últimos anos com o Mano, porque a cada três ou quatro jogos tínhamos uma seleção diferente", afirmou.
Mais do que apenas o pouco tempo que Felipão tem para acertar a equipe, o campeão em 1994, Raí, observa que os principais adversários estão em um nível superior. Para ele, os maiores candidatos ao título são Espanha, Alemanha e Argentina. Por isso, o único caminho para a seleção brasileira é contar com o apoio da torcida e com os talentos individuais. "Não dá tempo de chegar como favorito na Copa. Nós tivemos alguns tropeços e as outras seleções melhoraram bastante. Por isso o Felipão vai precisar aproveitar bem a Copa das Confederações para recuperar o tempo perdido", analisou.
* O repórter viajou a convite da Volkswagen
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