Na partida entre Croácia e México, na última segunda-feira (23), no Recife, um fato que chamou a atenção foi a presença de muitos mexicanos com matracas no estádio, instrumento musical tradicional no país. Mas a entrada de tais objetos foi considerado uma falha de segurança por parte da Fifa, responsável pela revista dos torcedores na entrada da Arena Pernambuco.
"Esse tipo de objeto não pode entrar. Isso é avisado pela própria Fifa, que criou uma lista de coisas proibidas. Estamos cobrando a Fifa. Todo final de jogo, a gente comunica as falhas ocorridas e detectados outros problemas também", disse Alexandre Lucena, chefe do Controle e Comando Regional da Secretaria de Defesa Social.
Durante a partida, após o segundo gol do México, teve início uma confusão nas arquibancadas que poderia ter se tornado algo ainda mais grave caso algum mexicano estivesse com a matraca em mãos. O instrumento é feito de madeira e tem uma barra de ferro curvilíneo, que quando sacudido, produz um som. Para o responsável pela segurança, houve a falha, mas não se pode considerar que o objeto possa se tornar uma arma.
"Entendo como falha de segurança, mas não posso indicar como falha grave porque a gente tem que ver o grau de letalidade do objeto. Não é uma arma, não é um fuzil. O próprio sapato poderia se tornar uma arma. O fato é que não poderia ter entrado e isso será questionado junto à Fifa", assegurou Lucena.
Já Ricardo Leitão, secretário extraordinário da Copa, minimizou o fato. "Isso não é responsabilidade da segurança policial. Quem controla é a Fifa e acredito que ela está flexibilizando a entrada desses equipamentos porque está considerando que são expressões dos países", opinou.
Mas não é o que a própria Fifa diz. De acordo com o Código de Conduta no Estádio para a Copa do Mundo, estão proibidos "qualquer instrumento musical, independente do tamanho, inclusive vuvuzelas", disse o código. Segundo o Departamento de Imprensa da Fifa, a entidade está trabalhando para aprimorar a checagem de segurança para as próximas partidas.
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