Profissionais dizem que estrutura hoteleira de Curitiba é adequada

• 0

Profissionais da área hoteleira de Curitiba consultados pela reportagem da Gazeta do Povo consideram a estrutura da capital paranaense adequada para uma cidade deste porte e dizem não ver motivos para a cidade aumentar a capacidade da rede apenas por causa da Copa do Mundo de 2014.

Conforme dados da Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta terça-feira (28), Curitiba possui 242 estabelecimentos de rede hoteleira, que têm 19.083 leitos. A estrutura de leitos da capital paranaense equivale a 5,1% do total disponível no país, que é de 373.673 leitos em 5.036 estabelecimentos. A capital possui mais estabelecimentos de médio e baixo conforto e tem uma proporção maior de hotéis em relação a outros tipos de estabelecimentos, como pousadas e motéis.

A pesquisa foi encomendada pelo Ministério do Turismo para identificar deficiências na rede hoteleira e também oportunidades para o setor privado, diante da perspectiva do aumento do turismo graças a eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Para a Copa do Mundo, a Fifa exige uma disponibilidade de quartos superior a 30% da capacidade do estádio, isto em um raio de 150 quilômetros a partir da praça esportiva. O projeto para a Arena da Baixada, estádio-sede de Curitiba, prevê 41 mil lugares nas arquibancadas, o que forçará a rede hoteleira da região a ter 12,3 mil vagas à disposição de torcedores, imprensa e organizadores.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba (Sindotel), Marco Antônio Fatuch, afirma que a demanda de turistas vai depender das seleções que terão jogos na capital. A aposta de Fatuch é de que seleções europeias tragam mais turistas.

Dário Paixão, presidente do Curitiba Convention & Visitors Bureau (CCVB), ainda ressalta que o papel da capital na Copa do Mundo é pequeno, já que vai sediar jogos apenas na primeira fase e qualquer ampliação estrutural estaria fadada a posterior ociosidade. Uma pesquisa do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) mostra que o nível de ocupação em Curitiba é de 61% enquanto o número sobe para 80% em cidades como São Paulo e Belo Horizonte.