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De acordo com Dilma, o papa Francisco lamentou não poder vir para abertura da Copa e se prontificou a enviar mensagem | Tony Gentile / Reuters
De acordo com Dilma, o papa Francisco lamentou não poder vir para abertura da Copa e se prontificou a enviar mensagem| Foto: Tony Gentile / Reuters

O papa Francisco vai participar da campanha contra o racismo na Copa do Mundo, garante a presidente Dilma Rousseff. Convidado para o jogo de abertura do Mundial, marcado para 12 de junho, no Itaquerão, o pontífice disse que não poderá estar presente, mas aceitou enviar um manifesto contra a discriminação racial.

O texto do papa, segundo Dilma, vai ser lido por um jogador da seleção brasileira minutos antes do início da partida diante da Croácia e terá o aval da Fifa.

"Conversei com o papa sobre a nossa disposição de fazer da Copa um marco mundial contra o racismo, assim como estamos conversando com líderes de todos os segmentos religiosos. Ele concordou com a nossa proposta, lamentou não poder vir ao jogo de abertura, mas se prontificou a mandar o texto para ser lido antes do jogo", disse a presidente em conversa com o Estado de São Paulo e um grupo de jornalistas esportivos dos principias jornais e redes de TV do País, na noite de segunda-feira (28), no Palácio do Alvorada, em Brasília.

Outros manifestos contra o racismo de segmentos religiosos importantes no Brasil vão ser lidos nas partidas da Copa. Segundo a presidente, em todos os jogos do Mundial a campanha vai ser forte. "Daqui para frente somos todos macacos", disse Dilma, adotando a campanha #somostodosmacacos deflagrada nas redes sociais por meio de uma agência de publicidade contratada por Neymar, que promoveu a iniciativa depois de Daniel Alves ter comido uma banana atirada por um torcedor do Villarreal, no jogo contra o Barcelona, no último domingo.

A presidente ficou impressionada com o gesto de Daniel Alves, que, na sua opinião, reforça a campanha contra o racismo na Copa. E pediu para a imprensa levantar essa bandeira. "Temos de fazer dessa Copa um marco mundial contra o racismo. Temos de dizer do orgulho de sermos afrodescendentes. E entrar na Copa de nariz em pé, dizer ao mundo: nós somos o máximo e acho que devemos isso ao futebol brasileiro. A primeira vez que o negro teve lugar nesse país foi no futebol. Agora somos todos macacos", ressaltou.

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