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Apesar do pedido de urgência no processo, a Câmara Municipal de Curitiba só decidirá sobre a venda e o consumo de bebidas alcoólicas na Copa de 2014 daqui a três semanas. O Projeto de Lei que proíbe a venda e o consumo nos estádios de futebol da capital, do vereador Tico Kuzma (PSB), seria votado nesta segunda-feira (9), mas foi adiado por dez sessões após quase três horas de acalorada discussão.

"A gente concordou com esse pedido de adiamento, até mesmo para tentar o convencimento dos vereadores para aprovação do projeto. O objetivo, além de trazer a discussão do assunto para os cidadãos curitibanos, é manter a proibição das bebidas", afirmou Kuzma, que apresentou o projeto há apenas dez dias.

Ele sofreu muitas críticas por defender a proibição válida desde 2008, de acordo com o Estatuto do Torcedor. Curiosamente, o vereador pertence ao mesmo partido do prefeito Luciano Ducci, que obviamente apoia a realização do Mundial de acordo com as exigências da Fifa.

A grande polêmica do assunto está ligada à Lei Geral da Copa, aprovada no fim de março. A decisão sobre a liberação da venda de bebidas, no entanto, foi repassada pelo governo para os estados. A Assembleia Legislativa do Paraná também já discute a matéria.

Contrário à proibição, o vereador Juliano Borghetti (PP) apresentou um projeto para permitir a venda bebidas com até 7% de graduação alcoólica (cervejas) em copos plásticos durante os quatro jogos do Mundial em Curitiba. Segundo ele, a cidade corre o risco de perder a Copa caso não ceda à pressão da organizadora do evento.

"Acho que os grande patrocinadores podem cobrar da Fifa um compromisso assinado em 2008 pelo presidente da República através dos governadores e prefeitos. O risco é real, tanto que os secretários da Copa, tanto municipal como estadual, são a favor da venda de bebidas", disse Borghetti, dizendo também que Curitiba perderia investimentos do governo federal caso fique fora do torneio.

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