Basta se aproximar um pouco dos arredores da Praça Vermelha, em Moscou, para escutar a música. Mas nada de canções típicas russas. A cúmbia colombiana é o som que ecoa no principal ponto turístico da cidade.
A três dias da abertura da Copa do Mundo , são os torcedores latinos que trazem o clima do Mundial para a Rússia. Além da Colômbia, as camisas de Peru e Argentina são as mais vistas na capital.
Kelly Martinez, de 26 anos, é uma das responsáveis pela ‘roda de cúmbia’. Ela e outros quatro amigos trouxeram a caixa de som e vários gritos de incentivo aos Los Cafeteros na ponta da língua. “Sempre falam do frio de Moscou, mas viemos para esquentar o clima”, diz a torcedora em meio a uma sessão de fotos. O grupo virou atração turística nesta segunda-feira (11) e era abordado a todo momento por moradores locais.
Outro colombiano, Osvaldo Leon, 30, trouxe até uma réplica da taça de campeão para Moscou. “Trouxemos a cópia para voltar com a original”, fala com otimismo. Ele garantiu ingressos para todos os jogos da seleção na 1ª fase.
Confiança alta também entre os argentinos. York Torres encarou uma maratona de 32 horas de viagem até Moscou. Ele só tem entradas para o último jogo da Argentina na fase de grupos, no dia 26, diante da Nigéria, em São Petesburgo, mas garante que a experiência valerá a pena. “Vou ver a Argentina campeã. É só tocar a bola no camisa 10”, declara o torcedor que, orgulhoso, veste a camisa de Lionel Messi.
Independentemente de uma boa campanha ou não, o Mundial já é considerado histórico para os peruanos que retornam à disputa da Copa depois de 36 anos. “Isso era um sonho em nosso país. É muito emocionante estar aqui”, destaca Raul Sulca, 45, que trouxe o filho Matias com ele. O adolescente completará 15 anos justamente no dia do duelo entre Peru e Dinamarca, em 16 de junho, em Volgogrado.
No dia seguinte entra em campo o México. Uma baita pedreira diante da Alemanha. La Tri sonha em romper a barreira das oitavas de final. Nos últimos seis Mundiais, a equipe foi eliminada nessa fase. Para acabar com o trauma em 2018, o chaveamento da Copa reserva um provável duelo com o Brasil no mata-mata. “Por que não acreditar? Na última Copa, empatamos com os brasileiros na casa deles?”, relembra Pedro Bucanan, de 29 anos.
Os brasileiros, aliás, não ficam de fora da festa latina na Praça Vermelha. Gabriela Rocha mora na Noruega e aproveitou o Mundial da Rússia para organizar uma reunião de família com outros cinco parentes que vieram do Rio de Janeiro. Todos estão reunidos para acompanhar os jogos da seleção na Rússia. “Estamos muito confiantes que tudo vai dar certo dessa vez”, diz.
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