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Fernandes recusou a seleção brasileira em 2011. Sete anos depois, defendeu a Rússia na Copa do Mundo | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Fernandes recusou a seleção brasileira em 2011. Sete anos depois, defendeu a Rússia na Copa do Mundo| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Coadjuvante em uma seleção pouco expressiva, o brasileiro Mário Fernandes teve, finalmente, o seu dia de glória pelo país que resolveu adotar. Naturalizado, o paulista foi titular na estreia da Rússia na Copa do Mundo 2018, vitória por 5 a 0 sobre a Arábia Saudita, nesta quinta-feira (14), em Moscou.

“Trabalhamos muito forte. Sabíamos da importância que era vencer hoje, merecemos. O time deles não é fraco, nós fizemos o jogo se tornar fácil. Estamos de parabéns pelo jogo que fizemos. A pressão foi grande por jogarmos em casa, o mundo inteiro olhando”, comentou o lateral-direito revelado pelo Grêmio.

Fernandes teve atuação discreta numa partida que se revelou fácil já nos minutos iniciais. Aos 12’, os russos abriram o placar com Gazinski. Depois controlaram a partida e construíram a goleada com tranquilidade. Na zona mista, entretanto, Fernandes virou a estrela para a imprensa brasileira – já os russos, o ignoraram.

Fernandes foi titular na vitória da Rússia na CopaJonathan Campos/Gazeta do Povo

Questionado sobre a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo por outro país, o jogador de 27 anos comemorou: “Foi muito legal. Estou aqui há muito tempo, seis anos, gosto muito da Rússia, as pessoas gostam de mim por aqui também. Foi uma experiência inesquecível”.

Tarde de redenção para quem já foi considerado “maldito” no futebol brasileiro. Revelado com a camisa gremista em 2011, no Brasileirão, Mário Fernandes recebeu chances na seleção brasileira de Mano Menezes. Mas fechou as portas ao negar uma convocação para defender o Brasil, dizendo não se sentir preparado.

Na coletiva pós-jogo contra os sauditas, Fernandes falou sobre o assunto. “No Brasil eu não era profissional”, resumiu, culpando o mau comportamento fora de campo pelos problemas que teve no início de carreira, de sucesso precoce. “Na Rússia aprendi a ser um jogador de futebol”.

Depois, em 2012, foi para o CSKA, da Rússia e, em 2016, optou pela naturalização. Trilhou um caminho difícil até conseguir atuar em uma Copa do Mundo, sem nunca ter sido titular da posição na seleção dona da casa. Bastou um jogo, no entanto, para escrever seu nome na história do futebol do país.

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