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Marcos Guilherme, meia-atacante do Atlético | Marco André Lima/ Gazeta do Povo
Marcos Guilherme, meia-atacante do Atlético| Foto: Marco André Lima/ Gazeta do Povo

Atlético

Aos 16 anos, Marcos Guilherme é a sensação do elenco rubro-negro. Meia-atacante rápido e de drible fácil, o jovem quer despontar agora, mesmo enfrentando atletas mais velhos e mais fortes.

Como você chegou ao Atlético?

Eu sou de Itararé, interior de São Paulo. Estava em um campeonato da minha cidade e tinha um olheiro do Trieste que me trouxe. Em 2008 o Pedrinho Maradona [hoje técnico do time juvenil do Atlético] era o treinador do infantil [sub-15] do Atlético. Ele me viu jogar e gostou do meu futebol. Estou aqui desde 2009.

Você não acha que sua carreira está em um ritmo muito acelerado?

É... Tudo aconteceu rápido demais para mim. Mas posso amadurecer no time principal. Os jogadores mais velhos podem passar experiência.

Qual é a sua expectativa para esta Copa?

Este grupo está desde 2010 junto e com o entrosamento bom. Vamos lá para sermos campeões.

Paraná

Com 18 anos e há quatro meses no Brasil, o centroavante francês Aymen é a aposta paranista.

Como você chegou no Brasil?

Eu tive uma proposta do meu empresário, que é brasileiro. Ele foi atleta, jogou e vive na França e no Brasil. Eu estava em Nice, minha cidade natal, quando ele me ligou e fez a proposta. Ele viu que eu tinha qualidade e características para jogar aqui. Eu aceitei. Amo o futebol brasileiro.

Mas por que você veio para o Paraná?

O meu empresário tem amigos aqui e conhece algumas pessoas dentro do clube.

Você acredita que pode jogar no time profissional na sequência?

Espero jogar (única resposta em português).

Coritiba

Meia-atacante rápido de 18 anos, Thiago Primão destacou-se já no Brasileiro sub-20, disputado em dezembro no Rio Grande do Sul.

Como você começou a jogar no Coxa?

Sou de Curitiba e cheguei aqui faz nove anos, na categoria pré-infantil.

O que espera da Copa São Paulo?

Todo os campeonatos que o Coritiba participa ele vai em busca do título.

O Marquinhos Santos [técnico do sub-20 coxa-branca] acredita que você é uma aposta mais para 2013...

O Marquinhos sabe o que fala. Se perguntar para qualquer atleta na categoria de base se quer subir para o profissional amanhã, ele vai responder que sim. Mas eu vou esperar o momento.

  • Thiago Primão, meia-atacante do Coritiba
  • Aymen, centroavante paranista

Atlético, Coritiba e Paraná traçam estratégias a médio prazo para a 43.ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, torneio sub-18 com início hoje. Os três representantes do estado estreiam amanhã na tradicional competição, este ano com o recorde de 96 participantes.

Os rubro-negros colocam em ação um grupo prematuro para ga­­nhar tarimba. Em crise, os tricolores tentam achar novos nomes para apenas compor o elenco profissional. E os alviverdes esperam coroar uma geração promissora. Mas todos procuram soluções para amanhã, sem atropelos.

Vale a batida máxima: ganhar não é importante – revelar em primeiro lugar.

Após ser vice-campeão em 2009, com um time que contava com o zagueiro Manoel e o atacante Patrick, o Furacão chega para esta disputa apostando em atletas de até 16 anos.

"A principal dificuldade é que nós temos um grupo bastante jovem, com muitos jogadores nascidos em 1994 e 1995", admite o atacante Junior, artilheiro da Copa Paraná sub-18, com 14 gols. A média de idade do elenco atleticano é de 17,1 anos e o jogo inicial será contra o Sinop-MT, às 16 ho­­ras, dessa quarta. Marília-SP e Linense-SP fecham o grupo B, com sede em Lins.

Outro ponto em comum do ‘Trio de Ferro’ é a preocupação com o assédio aos garotos por parte de olheiros e empresários. Para evitar que propostas tentadoras levem as promessas, os atletas já chegam ao campeonato com longos contratos.

"A maioria dos jogadores aqui já tem contrato profissional. O clube está bem protegido contra isso. O Atlético e os outros grandes não vão perder jogadores dessa maneira", garante o técnico rubro-negro, Sandro Forner.

O elenco quase infantil é também o caminho seguido pelo Pa­­ra­­ná, que enfrenta amanhã o Atlé­­tico-AC, às 18 horas, em São Ber­­nardo do Campo. O grupo L ainda conta com Noroeste-SP e São Ber­­nardo.

"Quando fomos em 2011 estávamos muito badalados. Todo mundo ia subir [para o profissional] e acabou não dando muito certo. Agora, com menos expectativa, talvez a gente chegue bem", diz o zagueiro Felipe, que – especula-se – já teve até proposta do Santos para sair do Tricolor.

Em um ano que o clube paranista vai precisar muito das suas categorias de base, já que disputará a Segunda Divisão do Paranaense e do Brasileiro ao mesmo tempo, o técnico da equipe sub-18, Paulo Roberto, alerta que não adianta esperar a salvação nos jovens.

"Para fazer parte do grupo nós temos vários jogadores. Agora para tentar resolver o problema do profissional, tem de esperar um pouquinho mais", adianta. A me­­lhor campanha do Paraná na Copa São Paulo ocorreu em 2005, quando um time com o meia Thia­­go Neves e o atacante Van­­dinho foi eliminado na semifinal.

Outro que teve seu ápice em uma semifinal foi o Coritiba, em 2004, quando o zagueiro Miranda e o lateral Ricardinho faziam parte do elenco. Para tentar levar a taça desta vez, a equipe alviverde aposta em atletas com 18 anos, mas que estavam no Brasileiro sub-20 em dezembro, quando o Coxa caiu também na semifinal.

"[Em Porto Alegre, no sub-20,] eles chegaram entre as três melhores equipes do Brasil. Agora no sub-18 eles só tendem a crescer e nos ajudar bastante", aposta o técnico Zé Carlos.

"Eu deito na cama e fico so­­nhando em fazer gols [em São Paulo] e com todo mundo olhando. Agora é mostrar o melhor de mim", conta o atacante Willian Henrique, um dos que estiveram no Rio Grande do Sul. A estreia coxa-branca amanhã é contra o CSA-AL, às 16 horas, em Taboão da Serra. São Caetano-SP e Taboão da Serra-SP completam o grupo V. Os 96 times estão divididos em 24 grupos. Clas­­sificam-se para a segunda fase os primeiros colocados e os oito melhores segundos.

A rodadaUm sonho para 2,4 mil garotos

A 43ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior começa hoje alimentando o sonho de mais de 2.400 garotos de viver do futebol. A competição, que terá sua decisão no dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade, é uma importante vitrine desde o distante ano de 1972, quando o Internacional revelou um tal de Paulo Roberto Falcão.

A rodada inicial terá o Palmeiras – único grande de São Paulo a não levantar a taça – em campo contra o Linhares, do Espírito Santo, às 19 horas, na Arena da Fonte, em Araraquara.

Uma fábrica de revelações nos últimos anos, o Santos tenta conquistar um título que não vem desde 1984. O novo candidato a Neymar é o atacante Neilton. Ele é uma espécie de clone do craque. De corpo franzino, o garoto, assim como o ídolo, veste a camisa 11, usa cabelo moicano e tem espalhadas pelo corpo várias tatuagens em homenagem a parentes próximos.

Em 2012, serão 96 participantes divididos em 24 grupos com quatro times em cada. Os primeiros colocados de cada chave avançam à segunda fase, além dos oito melhores segundos por índice técnico, totalizando 32 times no estágio seguinte da competição.

Confira os outros jogos de hoje: América-SP x Mirassol; Cruzeiro x ABC; Ferroviária x Rondonópolis; Internacional x Confiança-SE; Lemense x Santo André ; São Carlos x União São João; e Flamengo x Aquidauanense-MS.

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