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O meia Lucas Sotero é o único jogador do Atlético vice-campeão da Copinha, no ano passado, relacionado para defender o Furacão na edição de 2010 | Divulgação/ Clube Atlético Paranaense
O meia Lucas Sotero é o único jogador do Atlético vice-campeão da Copinha, no ano passado, relacionado para defender o Furacão na edição de 2010| Foto: Divulgação/ Clube Atlético Paranaense
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Motivações diferentes separam os três principais times de Curitiba em dois grupos distintos na edição 2010 da Copa São Paulo – a aber­­tu­ra do tradicional torneio de ju­­niores está marcada para sábado.

Enquanto Coritiba e Paraná veem a Copinha como alternativa para abastecer com talentos a equipe profissional sem onerar os en­­xutos orçamentos (reflexo da participação na Segundona), o Atlé­­tico disputa o campeonato com a intenção de dar mais experiência a uma nova fornada de garotos.

O trio estreia domingo. Às 11 horas, em Capão Bonito, o Tricolor abre a jornada paranaense contra o Marília, pelo grupo B. O Coxa en­­cara o Paraibano, às 16 horas, em Vinhedo, pelo grupo M. Na mes­­ma hora, em Paulí­­nia, pela chave U, o Rubro-Negro enfrenta o Al-Hilal, da Ará­­bia Saudita (a participação de clubes estrangeiros é a novidade da atual Copinha).

O Atlético não se preocupa em repetir o desempenho do ano passado, quando perdeu a final para o Corinthians. O clube optou por rejuvenescer a categoria, sem pressionar por resultados. Do elenco vice-campeão, apenas o meia Lu­­cas Sotero seguiu para o interior paulista. No restante, garotos nascidos em sua maioria entre 1992 e 1994, com idade para novas experiências na Copa SP. "Meninos nessa faixa ainda estão em desenvolvimento. A safra é boa, queremos fa­­­­zer um bom papel, mas sem pressa", avalia Ricardo Drubscky, coordenador das categorias de ba­­­se do Furacão. "Queremos formá-los bem para que, dentro em breve, estejam no time de cima", emenda o técnico Enderson Moreira, substituto de Marquinhos Santos, um dos principais responsáveis pelo sucesso de 2009.

Santos trocou o Atlético pelo ri­­val Coritiba após a campanha no torneio júnior. O treinador reconhece que no Alviverde o nível de cobrança é maior. Reflexo imediato do rebaixamento à Série B. Endi­­vidado e sem dinheiro em caixa pa­­ra contratar grandes no­­mes, o clube precisa reorganizar as finanças. Sem opção, a base virou solução. Não a única, mas a mais fácil.

"Eles (os atletas) vão dar a vida. Querem se mostrar para a diretoria e a comissão técnica do profissional", diz Santos, apostando em re­­petir o desempenho do Brasileiro da categoria, disputado em dezembro no Rio Grande do Sul – o Coxa ter­­minou em quinto. "Os meninos es­­tão mais motivados. Eles querem ajudar a reconstruir o Coxa", completa André Maz­­zu­­co, coordenador das categorias de base.

Apesar dos atropelos do fim da centenária temporada coxa-branca, os novos "piás do Couto Pereira" entenderam o recado: "Quando uma equipe é rebaixada, acaba precisando muito do atleta da base. Todo mundo quer entrar no grupo profissional já em 2010", avisa o meia Dudu.

Perfil semelhante é encontrado na Vila Capanema. Por ordem da diretoria – e da Base, empresa parceira na administração das categorias inferiores –, o Tricolor optou por disputar todos os campeonatos juniores com jogadores de no máximo 18 anos (idade prevista no regulamento da Copa SP). Tudo pa­­ra ir bem na competição paulista, revelar novos nomes e dar mais opções ao técnico Marcelo Oliveira. Opções capazes de levar o clube no­­­­vamente à elite do futebol na­­ci­­o­nal após três temporadas.

"Abrimos mão de muita coisa, de campeonatos... Nosso foco sempre esteve voltado para a Co­­pa São Paulo. Só pensamos em realizar uma excelente campanha – e levar ao elenco principal atletas bem formados, com todos os funda­­mentos, capacitados para jo­­gar", ressalta o treinador Fernando Kenor.

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