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Velloso no clássico: reação imediata à chegada do treinador | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Velloso no clássico: reação imediata à chegada do treinador| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Não teve vídeo, música, cartazes, nem mesmo a palestra pré-jogo apostou na motivação. Uma atitude simples, mas corajosa, foi o impulso que levou o Paraná à vitória sobre o Coritiba. Ao optar por ir para a beira do gramado, mesmo com apenas um dia de Vila Capanema, o técnico Wágner Velloso ganhou o elenco paranista.

"Ele acreditou na gente e assumiu a responsabilidade. O grupo estava bem triste, sendo muito criticado, isso nos deu força para entrar em campo. Foi, sem dúvida, fundamental para o resultado", revela o atacante Wellington Silva.

Era esta a principal dúvida na segunda-feira, quando foi finalizado o acerto com o substituto de Paulo Comelli. Será que ele vai sentar no banco de reservas, praticamente sem conhecer o time, tendo realizado somente um treinamento?

"Seria muito fácil chegar aqui, um clássico, pedir para ficar de fora, acompanhando o jogo. Mas não é a minha intenção. Já vou para campo hoje (no treino de terça), e amanhã (quarta-feira) quero dirigir a equipe", respondeu Velloso, na entrevista coletiva de apresentação, terça-feira à tarde.

A personalidade do ex-goleiro contagiou a todos. "Nós percebemos que se ele ia fazer a parte dele, então nós, atletas, não poderíamos deixar de fazer a nossa também", comenta o lateral-direito Murilo.

Outros dois pontos levantados pelo novo treinador também tiveram papel destacado. Propor uma conversa entre os atletas e exigir o maior empenho possível na marcação, como segredo para superar o Coxa. Ainda na concentração, terminada a preleção, Velloso deixou a sala do hotel e os jogadores discutiram a situação da equipe a sós. Neste momento, nasceu o pacto pela recuperação, que veio à tona depois do clássico.

"Conversamos para deixar tudo o que tinha acontecido no passado e iniciar um novo campeonato, com quatro decisões pela frente", revela Murilo.

"Foi bom, pois concluímos que o que a gente estava fazendo não era suficiente, e combinamos que era preciso correr mais", completa Wellington.

O esquema tático também deu certo. A injeção de disposição deixou a defesa do Paraná segura, algo que não vinha acontecendo nas últimas partidas, marcadas por falhas seguidas do setor. Contribuiu também a escalação de Edimar, um volante de mais pegada que Kléber.

Assim, o Tricolor venceu ao aproveitar uma bola parada e um contragolpe, nos gols do zagueiro Luís Henrique e do meia Lenílson, respectivamente. "Ele falou o tempo todo sobre a importância da marcação, deu atenção à parte defensiva. E vencemos no contra-ataque", diz Wellington Silva.

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