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Até Pelé

Grondona diz ainda ter agido nos bastidores que a arbitragem beneficiasse o Independiente, clube do qual era dirigente, na semifinal da Libertadores de 64, contra o Santos de Pelé. O Peixe foi eliminado com duas derrotas.

O Corinthians reagiu com indignação à notícia de que o ex-presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, morto em 2014, teria atuado nos bastidores da Conmebol para indicar o árbitro paraguaio Carlos Amarilla para apitar o jogo contra o Boca Juniors, pelas oitavas de final da Libertadores-2013. O time teve dois gols anulados, dois pênaltis não marcados e foi eliminado.

“Aquela arbitragem foi muito estranha, causou até constrangimento. Agora, saindo essa notícia, é mais um motivo para a gente estar ainda mais atento a tudo o que aconteceu. O Corinthians não vai deixar de lado uma situação tão séria e importante”, afirmou o gerente de futebol Edu Gaspar.

Uma reunião nesta terça-feira, entre a diretoria e os advogados do Corinthians, definirá a estratégia do clube. Há uma corrente no Parque São Jorge que defende um pedido de indenização à Conmebol.

O canal TV América, da Argentina, divulgou no domingo gravações entre Grondona e Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA e representante da entidade na Comissão de Arbitragem da Conmebol. Na conversa, Gnecco revela que pressionou Carlos Alarcón, diretor da comissão, a escalar Amarilla. “O maior reforço que o Boca teve no último ano foi o Amarilla”, disse Grondona a Gnecco, de acordo com as escutas.

Nessa segunda-feira, a Federação Paraguaia de Futebol anunciou que Amarilla e um de seus assistentes naquela partida, Rodney Aquino, não trabalharão em partidas organizadas pela entidade até que sejam concluídas as investigações sobre a escalação da dupla nas oitavas de final da Libertadores de 2013.

Em entrevista à Rádio AM970, do Paraguai, Amarilla garantiu ser inocente. “Fiquei surpreso com a notícia. Mas quem não deve não teme. Somos seres humanos e cometemos erros. Teve um erro do assistente e um erro meu”, disse o árbitro, que garantiu a idoneidade de toda a sua classe. “No mundo dos árbitros não existe corrupção. Só somos os irmãos pobres do futebol. Trabalhamos com o coração e querem nos envolver.”

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