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O presidente do Coritiba, Jair Cirino, durante entrevista coletiva ontem: dirigente anunciou medidas para evitar a presença das torcidas organizadas nos jogos com mando do clube nesta temporada | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
O presidente do Coritiba, Jair Cirino, durante entrevista coletiva ontem: dirigente anunciou medidas para evitar a presença das torcidas organizadas nos jogos com mando do clube nesta temporada| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

Coxa estreita os laços com a LA Sports

O Coritiba já acertou com os meias Enrico e Rafinha, mas busca pelo menos mais três nomes até a estreia no Campeo­­nato Paranaense. Com a debilidade financeira do presente, o Alviverde já se dispõe a buscar no passado uma solução para a chegada de caras novas. Nos últimos dias, encontros entre dirigentes do novo G-9 e o empresário Luiz Alberto Oli­­veira, da LA Sports, aproximaram as duas partes e a presença da ex-parceira do Paraná no futebol alviverde não está descartada.

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O Coritiba anunciou ontem um pacote de medidas relacionadas ao seu torcedor. Com a presença de quase todos os integrantes do G9 na coletiva de imprensa, no Couto Pereira, de uma só vez o clube proibiu a entrada de torcedores com materiais de organizadas em seus jogos, manteve os novos valores do plano de sócios Eternamente Coxa e subiu o preço dos ingressos.

Todas as ações foram tratadas como uma resposta à selvageria após a partida com o Fluminense, no dia 6 de dezembro do ano passado, que provocou o rebaixamento da equipe para a Segunda Di­­visão. Algumas delas viraram pro­­messas do presidente Jair Cirino ainda ao final de 2009.

"A nova diretoria tomou posse na segunda-feira e de terça até hoje (ontem) nos reunimos quase de manhã e de tarde, tudo no escopo de estabelecer uma adequação, sobretudo orçamentária, à nova realidade do clube. Um verdadeiro frenesi de medidas, especialmente de ordem administrativa", declarou Cirino, na abertura do encontro com os jornalistas.

Já no próximo compromisso do Alviverde – diante do Serrano, sá­­ba­­do, na Vila Capanema – não se­­­­rá permitida a entrada de ne­­nhum acessório que identifique facções organizadas (camisa, bermuda, agasalho, boné, faixa, bandeira etc). Seja da Império Alvi­­verde, principal torcida do Coxa, ou de qualquer outra. Proibição que se estende aos visitantes.

"É um ato demagógico de um fantoche. As pessoas que quiserem brigar vão da mesma maneira. Não é a camisa que causa confusão. Eu quero ver se eu pedir para os membros da Império pa­­ra­­rem de pagar o plano de sócio, são 2 a 3 mil pessoas. Não vou fazer isso, mas nosso dinheiro eles querem?", comentou Luiz Fer­­nando Correia, o Papagaio, presidente da torcida.

Além de barrar as organizadas de uma forma geral, o Coxa decidiu também proibir o ingresso no patrimônio do clube dos 14 torcedores indiciados criminalmente pela confusão do dia 6. Entre eles, não está Osvaldo Dietrich, funcionário do Alviverde, que acabou preso dias depois dos acontecimentos.

Sobre a questão dos sócios, na segunda-feira, data da posse da nova diretoria, foi revelada a intenção de se rediscutir a majoração divulgada no finzinho de 2009. Reviu e optou-se pelo reajuste. Assim, permanecem os valores de R$ 50 para a arquibancada, R$ 70 para a Mauá e R$ 135 para as cadeiras superiores – que eram R$ 38, R$ 55 e R$ 115, respectivamente.

Ao mesmo tempo, o ingresso mais barato para os jogos do Alviverde a partir de agora custa R$ 50, para o setor de arquibancada – determinação válida já para a primeira rodada do Paranaense. Na Mauá, ficou em R$ 70. E nas cadeiras cativas, R$ 120.

"Essa definição é para trazer o sócio para dentro do estádio. Nós queremos estimular a associação. Se analisarem, a entrada mínima do associado é R$ 50. Ele pode assistir de quatro a cinco jogos. Se não for sócio, paga esse valor por cada partida", afirmou Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Conselho Administrativo.

"O Coritiba vive um momento muito difícil. Uma crise financeira enorme. Se o associado não estiver ao lado do clube nesse momento, e é um apelo que fazemos, não conseguiremos montar uma equipe competitiva e o clube não sairá dessa situação", seguiu Andrade, agora o principal mandatário coritibano.

Os aumentos, de uma forma geral, foram amparados na confiança do clube de livrar-se de boa parte da punição imposta pelo Superior Tribu­­nal de Justiça Desportiva (STJD), que ordenou a perda de 30 mandos em competições nacionais. A possibilidade de mandar poucas partidas em casa na Série B é um dos ar­­gumen­­tos contrários para essa decisão.

"Ainda não temos o julgamento do recurso, no qual temos absoluta convição que seremos absolvidos, então temos de aguardar o julgamento para decidirmos as vantagens que daremos aos sócios no caso de estarem impedidos de frequentar o estádio Couto Pe­­reira", complementou Andrade.

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