• Carregando...
Willian é um dos poucos garotos que conseguiram se firmar no time coxa-branca | Antonio More/ Gazeta do Povo
Willian é um dos poucos garotos que conseguiram se firmar no time coxa-branca| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Linha de frente

Coxa ameniza ineficiência do ataque

O setor ofensivo do Coritiba, o mais positivo do país na temporada com 132 gols, tem sofrido com a falta efetividade de seus atacantes nas últimas rodadas do Brasileiro. A equipe marcou apenas três vezes nos últimos cinco jogos. Nos duelos contra São Paulo, Bahia e Figueirense, por exemplo, o time de Marcelo Oliveira não conseguiu deixar sua marca. O número representa 25% das 12 partidas em que o time passou em branco em 2011.

O zagueiro Jéci (contra o Grêmio) e o atacante Marcos Aurélio (contra Grêmio e Flu­­mi­­nense) foram os últimos a ba­­lan­­çar a rede. O atacante Bill, artilheiro do clube no ano com 26 gols, não marca há mais de um mês – o último gol foi contra do Ceará (25/9).

O técnico, porém, não trata o jejum como problema. "Acho que é uma combinação de coisas. Não diria que caímos tanto. Nós criamos uma expectativa maior, mas estamos jogando um campeonato dificílimo", afirmou. "O Coritiba até que tem criado, mas às vezes temos finalizado sem tanta precisão", emendou ele, confiando que a escassez de gols termina no domingo, contra o América-MG, no Couto Pereira. (FR)

Dois nomes viraram exceção no Coritiba que enfrenta o América-MG domingo no Couto Pe­­reira: o lateral-esquerdo Lucas Mendes e o volante Wil­­lian serão os únicos titu­­lares criados na categoria de base do clube. Com­­põe ainda o elenco atual os garotos Luc­­cas Claro e Wallison (zagueiros), Timbó (lateral) e Djair (volante).

Pouca gente. Um problema detectado pela diretoria, que agora se apressa para amenizar a falta de revelações no time principal. A intenção é alcançar, em médio prazo (de três a cinco anos), um índice de 60% de pratas da casa no grupo.

"Temos de tentar aumentar esse número, forçar, no bom sentido, essa filosofia", diz Mario André Mazzuco, coordenador das categorias de base do Coxa, que trabalha de maneira integrada com o superintendente Felipe Ximenes, responsável por gerencial o elenco treinado por Marcelo Oliveira.

Mazzuco, 32 anos, é o responsável por pensar nas próximas gerações do clube desde 2008. Mesmo vendo, por exemplo, o rival Atlético mais adiantado no processo – atualmente 14 atletas da base fazem parte do elenco profissional rubro-negro –, ele acredita que a formação de novos Adrianos, Rafinhas e Henriques não pode pular etapas.

"É um processo difícil, de captação de jogadores e qualificação do trabalho. Mas o caminho é esse. Tanto pela identificação do atleta com o clube quanto pela possibilidade de negócio na frente", explica o coordenador, que faz doutorado em Desporto Jovem pela Universidade de Coimbra, em Portugal.

Em média, sete jogadores sobem para o grupo principal alviverde todos os anos. O grande desafio é fazer com que esses atletas consigam superar o "funil competitivo" com os mais experientes. Muitos precisam ser emprestados no caminho. O meia Dudu, que disputou a Terceira Divisão pelo Oeste-SP, é um exemplo.

"O Dudu talvez hoje não tenha espaço, mas pode ganhar mais experiência fora. Certamente ainda vai jogar pelo Coritiba", prevê Mazzuco, que tem no novo centro de treinamento do clube, a ser construído em Campina Grande do Sul, um grande aliado para revelar talentos. "Vai ser um divisor de águas", aposta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]