Coritiba combate o assédio à piazada do Alto da Glória

• 0

O brilho da piazada do Coritiba na Série B não pára. Jóias do time líder da competição, o zagueiro Henrique, o meia Pedro Ken e o atacante Keirrison viraram alvos constantes de observadores de equipes européias nas últimas partidas.

Só que além do Vitória de Guimarães, de Portugal, que mandou a Curitiba seu treinador Manuel Cajuda, outros clubes bem mais importantes estão de olho nas revelações alviverdes.

"No jogo contra o Ipatinga (28 de setembro) um diretor do Real Madrid foi apresentado a mim. Só que ele deu azar, queria ver o Pedro Ken, que estava suspenso naquele dia", revelou o coordenador de futebol João Carlos Vialle.

Mesmo assim, o emissário dos merengues assistiu à partida e foi embora satisfeito com Henrique e Keirrison, principalmente.

"Essas pessoas pedem sigilo. Não posso revelar os nomes, mas ultimamente sempre tem alguém querendo um ingresso de cadeira para esses observadores", revelou Vialle, que limitou-se a contar que um empresário de Curitiba acompanhava o espanhol.

Faltando oito rodadas para o fim da Segundona, o desafio no clube é evitar que as revelações se percam no meio de tantos olhares.

Com a proximidade da nova janela de transferências para a Europa (em janeiro), é impossível frear o assédio aos destaques de uma equipe vencedora, mas o assunto negociações ainda não é tratado abertamente no Alto da Glória.

"Nosso projeto é subir para a Primeira Divisão. Depois pensamos no resto", desconversou o presidente Giovani Gionédis.

"Não é novidade que há clubes vendo os jogadores. Até agora, porém, não houve nenhuma proposta oficial", avisou o empresário Marcos Malaquias, procurador de Pedro Ken e Keirrison. "O objetivo dos meninos até o fim do ano é só o Coritiba. A cabeça deles está tranqüila", disse.

Mesmo que as ofertas surjam nos próximos meses, o clube interessado deverá ter um certo status para conseguir fechar uma transação.

"Não vou vender ninguém para uma Ucrânia da vida. Talvez o melhor seja valorizá-los na Série A do ano que vem", ponderou Malaquias.