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O técnico Ney Franco, durante treino no Couto Pereira: casa do Coritiba finalmente vai poder voltar a abrigar as partidas do clube no Paranaense e na Copa do Brasil | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
O técnico Ney Franco, durante treino no Couto Pereira: casa do Coritiba finalmente vai poder voltar a abrigar as partidas do clube no Paranaense e na Copa do Brasil| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

Adversário

Nacional se contenta com o empate

Brigando contra o descenso no Estadual, o Nacional quer estragar o retorno do Coritiba ao Couto Pereira. A equipe do norte do Paraná tem apenas 6 pontos em 9 partidas e é a penúltima colocada da competição – quatro times serão rebaixados para a Divisão de Acesso.

"Nós respeitamos muito o Coritiba, mas queremos o resultado, claro. Mas temos que ser realistas. Três pontos seria o ideal para nós, mas um empate e um ponto com certeza já vai nos ajudar", afirma Claudemir Sturion, técnico do Nacional.

Sabendo da importância do jogo para o adversário, ele arrisca um comentário. "A torcida do Coritiba está sendo muito punida. Com certeza é justa e legal essa volta para o Couto Pereira", diz.

Na última rodada, o clube do interior conseguiu um empate dramático e inesperado diante do Atlético. O Rubro-Negro vencia até o finalzinho do confronto, quando aos 40 minutos o lateral-esquerdo Kim acertou um chutaço de falta e igualou o placar.

"Esperamos fazer outro bom jogo. Ninguém acreditava que poderíamos empatar com o Atlético e conseguimos", diz Sturion, que tem três dúvidas para o compromisso desta tarde. Entre Alison ou Roger na ala-direita, Flávio ou Márcio na meia-cancha e Rodrigo ou Láercio no ataque.

Um reencontro com muita alegria. Dessa forma, jogadores e técnico esperam a volta do Coritiba ao Couto Pereira. Após quase três meses de exílio, em virtude da interdição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Coxa reabre o seu estádio neste domingo (28), às 19h30, diante do Nacio­­nal, pelo Campeonato Para­­na­­ense."É um jogo que vai representar muita felicidade. Estou contente demais, ansioso para jogar em nossa casa. Poder estar ao lado da nossa torcida, que com certeza vai encher o estádio, será ótimo. A hora finalmente chegou e a festa vai ser completa", afirma o za­­gueiro e capitão Jéci.

Sentimento e expectativa para fazer do retorno um capítulo completamente diferente da última partida disputada no reduto coritibano. No ano passado, dia 6 de dezembro, o estádio viveu, possivelmente, a tarde mais triste de toda a sua história.

O Verdão empatou com o Fluminense e acabou rebaixado para a Segunda Divisão. Para piorar, parte da torcida depredou o estádio e invadiu o gramado. O quebra-quebra custou aos cofres do clube cerca de R$ 400 mil e uma punição até então inédita no STJD: perda de 30 mandos de campo e R$ 610 mil de multa – no próximo dia 4, o tribunal deve julgar o recurso do clube.

"Vamos dar uma boa demonstração, primeiro para as pessoas da cidade. Depois expandir para o território nacional que temos uma torcida ordeira e que o Couto Pereira é um estádio seguro, de história, que não pode ser manchado por um problema já resolvido", declara o técnico Ney Franco que, como Jéci, esteve no fatídico descenso.

Outros dois motivos fazem esse momento ser tão aguardado. Primeiro, o aspecto técnico. Tanto tempo fechado contribuiu para a manutenção ideal do gramado, que está um verdadeiro "tapete". "Isso é muito bom para o nosso time, que tem jogadores rápidos do meio para a frente", comenta o meia Rafinha, destaque do Coxa neste início de temporada e que fará a sua estreia no Alto da Glória.

Mais um ponto positivo é o encerramento das viagens para atuar mesmo com o mando da par­­tida. Após emprestar por três oportunidades a Vila Capanema, o Coritiba teve de recorrer ao Estádio Caranguejão, em Parana­­guá. No litoral, enfrentou o Iraty e teve o clássico com o Tricolor.

"É um desgaste a menos. Isso vai nos ajudar nessa sequência do campeonato, para manter a nossa equipe na liderança até o final da primeira fase para conquistarmos o supermando", afirma o treinador. Em nove rodadas, o Alviverde acumulou 22 pontos, quatro a mais que o rival Atlético, segundo colocado com 18.

Ao vivo

Coritiba x Nacional, às 19h30, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

Alviverde trabalha para atrair sócios e afastar organizadas

Visando a incrementar o retorno para casa, o departamento de marketing do Coritiba programou uma série de ações para esta noite. O clube quer fazer do compromisso com o Nacional o "jogo da paz" e o marco inicial de uma campanha para resgatar o orgulho de ser coxa-branca.

Serão distribuídos na entrada do Couto Pereira adesivos com o logotipo da nova campanha: "Sou Coxa com muito orgulho". Marca que estará também na manga das camisas dos atletas, que serão sorteadas no intervalo da partida aos sócios do Alviverde.Sócios que são o grande foco do clube. "Precisa­­mos da participação do nosso associado. Ele será fundamental no processo de recuperação do Cori­­tiba", diz Roberto Pinto, coordenador de marketing alviverde. No início do ano, a diretoria do clube anunciou o aumento no pre­­ço dos ingressos. Com isso, a entrada mais barata atualmente custa R$ 50, mesmo valor que o torcedor pode pagar por mês para tornar-se só­­cio do Coxa e assistir a todos os jogos. No mesmo pacote, o Alviver­­de restringiu a atuação das torcidas organizadas. Medida que será sentida pela primeira vez no Couto Pereira. Segue proibido em jogos do Coxa o acesso ao campo de qual­­quer qualquer material referente às torcidas organizadas (bo­­nés, camisas, faixas, bandeiras etc).

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