Coritiba contrata técnico “plano D”

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Péricles Chamusca será o novo treinador do Coritiba. O baiano de 47 anos está desde ontem em Curitiba, teve uma reunião com o presidente Vilson Ribeiro de An­­drade e o gerente de fute­­bol André Mazzuco e será anunciado hoje.

O contrato do treinador vai até dezembro, com opção de renovação para mais uma temporada. O salário é inferior a R$ 100 mil e ele trará apenas um auxiliar. Sua estreia deve ser no Atletiba de domingo, na Vila Capanema, mas não está descartado que ele dirija o time contra o Flamengo.

Chamusca está desempregado desde abril, quando foi demitido da Portuguesa, após uma derrota por 7 a 0 para o Comercial de Ribeirão Preto, pela Série A-2 do Paulista. A demissão após uma golea­­da vexatória acentuou o viés de queda na carreira do treinador.

Com um bom trabalho na base do Vitória durante os anos 90, ele despontou no começo da década passada como um dos mais promissores técnicos do país. Em 2002, foi vice-campeão da Copa do Brasil com o Brasiliense. Dois anos depois, venceu a competição à frente do Santo André. O esperado salto no comando do Botafogo, em 2005, não aconteceu e a partir dali Chamusca alternou trabalhos curtos no Brasil com experiências mais duradouras no exterior.

Chamusca não era a primeira opção do Coritiba para substituir Marquinhos San­­tos. Caio Júnior, o favorito da diretoria, foi descartado porque gostaria de trabalhar com sua comissão técnica de quatro profissionais. Celso Roth acabou descartado pelo preço e por, na reunião com Andrade, não apresentar um perfil do agrado do dirigente. Com Adilson Batista, a negociação morreu no primeiro contato.

Péricles Chamusca terá a missão de reverter a queda livre do Coritiba no Brasileiro. Líder no início da competição, o Coxa fechou a rodada na 14.ª posição, seis pontos acima da zona de rebaixamento e dez abaixo da faixa de classificação à Libertadores.

Nas cinco rodadas iniciais do segundo turno, o desempenho é inferior aos de 2005 e 2009, anos em que o Coritiba acabou rebaixado. Na atual temporada são três pontos em cinco rodadas, contra cinco (em 2005) e oito (no ano do cen­­tenário do clube) no mesmo número de partidas.

"Tem de ter esperança. Em pontos a gente ainda continua um pouquinho acima pelo bom início. Não adianta sair atirando, criticando, precisamos juntar todo mundo", afirmou o meia Alex, após a derrota por 3 a 0 para o lanterna Náutico, no sábado.

"Claro que a situação preocupa. Se jogar dessa forma [que jogou contra o Náutico] até o fim do campeonato, termina o ano rebaixado", disse o presidente coxa-branca, também após a derrota para os pernambucanos.