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Keirrison e Ricardinho comemoraram o primeiro gol do Coxa, mas o time pecou e não conseguiu os três pontos | Valterci Santos / Gazeta do Povo
Keirrison e Ricardinho comemoraram o primeiro gol do Coxa, mas o time pecou e não conseguiu os três pontos| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Veja a ficha técnica e os principais lances do empate entre Coxa e São Paulo

Assista ao vídeo da partida

  • O jogo começou bastante disputado e recheado de forte marcação no meio-campo e nas duas defesas
  • Com Dorival Jr. suspenso, o auxiliar Ivan Izzo dava as orientações na lateral de campo
  • Logo no início do segundo tempo, Keirrison mostrou categoria e fez um golaço
  • O K9 comemorou muito e levou ao delírio a massa alviverde
  • Carlinhos Paraíba e Marlos também se destacaram em campo e fizeram a festa com o K9
  • O São Paulo empatou o jogo e Dagoberto quase virou para os paulistas

A torcida compareceu como sempre no Couto Pereira, mas a vitória do Coritiba não veio neste domingo. Diante de um São Paulo de altos e baixos, os coxas-brancas ficaram duas vezes na dianteira do placar, porém o Tricolor paulista foi buscar e conseguiu levar para casa um empate de 2 a 2. O resultado sepulta, momentaneamente, o sonho do Alviverde em chegar ao G-4.

A formação tática montada pelo técnico Dorival Júnior – que não pôde acompanhar o jogo do banco de reservas por conta de uma punição do STJD – foi eficiente enquanto o Coxa mostrou entrega no gramado. Quando a equipe vencia, recuou e acabou falhando na jogada mais manjada do São Paulo: a bola aérea na área.

A arbitragem da partida também irritou consideravelmente os torcedores, principalmente por uma penalidade máxima que os coritibanos queriam que fosse marcada, e pelo excesso de faltas dos são-paulinos, pouco coibidas pelo juiz do jogo. O um ponto agradou aos paulistas, que conseguiram manter uma escrita de quase 10 anos sem perder no Alto da Glória.

O Coritiba agora terá uma semana inteira para trabalhar, já que o próximo compromisso acontece no domingo, às 18h10, diante do Cruzeiro, no Mineirão. Já o São Paulo entra em campo com seus reservas na quarta-feira, contra o Atlético Paranaense, pela Copa Sul-Americana. No Brasileirão, o Tricolor recebe o Santos no domingo, às 16h.

Aplicado, Verdão sai na frente no Alto da Glória

Durante 20 minutos, o Coritiba jogou muito bem. Os donos da casa não se importaram que quem estava do outro lado era o badalado São Paulo, e trataram de anular totalmente o time paulista, marcando muito forte e saindo com velocidade nos contra-ataques. Quando chegava próximo à área do goleiro Rogério Ceni, o Verdão sempre assustava.

Entretanto, o gol que abriu o placar, coroando a aplicação coxa-branca, veio na base da inteligência. Após falta na intermediária paulista, João Henrique bateu rápido e pegou toda a defesa desarrumada. Pela direita, Rodrigo Heffner cruzou, e Ricardinho chegou batendo forte. A bola passou por Ceni e ainda bateu em André Dias antes de entrar.

Eram 12 minutos do primeiro tempo e o Alviverde vencia por 1 a 0. Logo em seguida, Kerrison teve uma ótima chance de fazer o segundo, mas o atacante desperdiçou. Aos poucos, o São Paulo foi se soltando na partida, e teve a vida facilitada pelo recuo excessivo do Verdão, que afrouxou a marcação e passou a sofrer pressão. Enquanto deu, o goleiro Vanderlei fez bem o seu papel e impediu o empate.

Os comandados do técnico Muricy Ramalho tentavam a igualdade com chutes de longa distância e cruzamentos na área. Desta maneira, criaram três boas chances de gol. Na quarta, bola na rede coxa-branca. Jean apareceu com liberdade na esquerda e levantou bola na cabeça de Rodrigo, que se adiantou e cabeceou para o gol. A igualdade irritou o torcedor, que ficaria ainda mais indignado a seguir.

Bola na mão ou mão na bola?

Aos 45 minutos, o árbitro Marcelo de Lima Henrique assinalou dois minutos de acréscimo, e o Coritiba voltou a procurar o gol com mais persistência. No mesmo minuto, Marlos chutou forte, e a bola explodiu no braço do zagueiro André Dias antes de sair pela linha de fundo. Todos do lado alviverde pediram pênalti, mas o juiz considerou bola na mão. Porém, ficou claro que o braço do jogador estava distante do corpo, o que tornou o lance exclusivamente interpretativo.

Na ânsia de se revoltar contra o árbitro, um torcedor atirou um copo no gramado, prontamente recolhido pelo juiz. Um erro não justificava outro, e o Coxa prometia procurar o gol da vitória no segundo tempo. Para isso era preciso controlar os nervos.

Keirrison faz golaço, mas São Paulo empata em três minutos

Ciente de que poderia vencer o jogo, o time do Coritiba voltou determinado a definir o quanto antes o confronto. E a determinação coritibana deu resultado logo aos três minutos. Em mais uma jogada de astúcia e velocidade, Rodrigo Heffner cobrou lateral longo para Keirrison, que saiu na cara do gol e tocou com categoria, sobre Rogério Ceni, que saia do gol. Porém, o belo gol foi ofuscado três minutos depois.

Pela esquerda, Jean achou novo cruzamento na área, e desta vez foi Hugo quem mandou de cabeça no canto. Vanderlei ainda tocou na bola, mas ela morreu no fundo das redes alviverdes. O empate caiu como uma ducha de água fria no ímpeto do Verdão. A partir daí, o equilíbrio predominou e quem preferiu atuar no contra-ataque foi o São Paulo. A iniciativa era do Coxa, que acabava errando nos toques finais.

As entradas de Hugo e Guaru no time paranaense visavam fazer com que a equipe ficasse mais com a bola e pudesse criar oportunidades, mas o Alviverde caiu vertiginosamente de produção e abriu chance para que os visitantes crescessem na partida. Em algumas chegadas, o São Paulo até pôde ver a virada próxima, porém quando não errava o alvo, o Tricolor parava em Vanderlei.

Na reta final de partida, empurrado pela sua torcida, o Coritiba voltou a buscar a vitória com mais organização. Contudo, o gol não veio, sobretudo pela pouca inspiração de Keirrison em dois lances: o primeiro em um ótimo lançamento de Marlos, e o segundo em uma jogada em que ele poderia deixar Hugo na cara do gol, mas resolveu bater e errou.

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