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Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes | Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo
Volante Valencia volta com moral e a confiança do treinador Antônio Lopes| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo / Arquivo

Repercussão

Responsável sempre por evitar as jogadas do adversário, o zagueiro Henrique desta vez, contra a Ponte Preta, pôde exercitar o seu "faro de gol" na difícil vitória do Coxa sobre a Macaca no Couto Pereira. Como os atacantes não estavam sendo felizes, o defensor foi tentar a sorte no ataque e fez o primeiro tento alviverde, fundamental para a virada.

"Quando não dá na técnica, tem que ser na raça. Hoje (terça-feira) estava difícil o jogo, a bola parava (nas poças), o time não conseguia fazer uma tabela, encaixar uma jogada. Tive a ajudinha da poça da água, aproveitei e marquei", disse, relembrando a jogada do gol.

Leia a entrevista completa de Henrique

Palavra do técnico

O técnico do Coritiba René Simões foi só elogios ao seu time após a vitória diante da Ponte Preta. O próprio fato da técnica equipe alviverde ter atuado em uma condição adversa, com um gramado extremamente encharcado, também mereceu elogios do treinador, e para Simões, cada partida representa um amadurecimento crescente do seu grupo de atletas.

"A Segunda Divisão é muito difícil. Eu esperava um jogo complicado, mas também esperava um campo melhor. Acho que o time está ganhando corpo, em um campo seco teria sido um jogo bonito, porque a Ponte Preta tem muita qualidade, um bom técnico, bons jogadores, e só parece defensiva. Mas há males que vem para bem, essas circunstâncias tem amadurecido o time, essa obrigação interna de vencer que nós nos colocamos, coisas que só os campeões tem. Hoje não tinha treinador, tinha o coração dos jogadores", avaliou Simões.

Confira outros trechos da entrevista do treinador

Tecnicamente, foi um jogo ruim. Mas em emoções, o confronto entre Coritiba e Ponte Preta na noite desta terça-feira (24) foi repleto de alternâncias. Os visitantes se deram melhor no gramado encharcado na etapa inicial, porém a retranca paulista sofreu muito com a pressão alviverde, ainda que desordenada, no segundo tempo. E no melhor estilo "água mole pedra dura, tanto bate até que fura", o Coxa correu muito, venceu a chuva e fez dois gols, o suficiente para bater a Macaca por 2 a 1.

E a virada veio a 15 minutos do fim, no melhor estilo da vontade e da raça demonstrada pelos jogadores. O gol de Keirrison já nos acréscimos inflamou a todos no Couto Pereira, e a torcida que desta vez não se fez presente em massa, por conta do tempo frio e chuvoso, mas que compareceu certamente não vai esquecer esse jogo no Alto da Glória por um bom tempo.

Já os visitantes pecaram pelo estilo retranqueiro e extremamente defensivo imposto pelo técnico Nelsinho Batista. A vitória foi importante para o Verdão, para não deixar a desvantagem para o Criciúma aumentar. Soberano na vice-liderança, o Coxa agora se prepara para viajar até Salvador, onde a equipe enfrenta o Vitória. Já a Ponte Preta recebe o Ipatinga-MG em Campinas.

Embaixo de chuva, Macaca fica mais a vontade

Com o gramado pesado, castigado pela chuva que caiu durante todo o dia em Curitiba, a Macaca se deu melhor. Em teoria, uma situação como essa traz maiores problemas ao time mais técnico, e a própria tabela da Série B mostrava que essa equipe neste jogo era o Coritiba. Que o digam Marlos e Caíco, responsáveis pela armação da equipe, e que estiveram apagados na partida.

Além disso, a forte marcação da Ponte Preta também contribuiu para essa enorme dificuldade alviverde, e sem a bola chegar "redonda" no ataque, Henrique Dias e Keirrison pouco puderam fazer. Por outro lado, ao tomar a iniciativa, o Verdão dava espaços no meio-campo e nas laterais.

Em uma dessas raras descidas, os visitantes chegaram ao seu gol. Em rápida jogada, João Marcos tabelou com Everton e o meia não perdeu a chance: bateu cruzado, sem chances para Edson Bastos. E depois disso, a equipe de Campinas manteve a sua postura, recuada, e esperando os espaços aparecerem.

O Coxa se entregou ainda mais ao ataque na busca pela igualdade, porém sem sucesso, assim como antes de sofrer o gol. Para melhorar, os donos da casa precisavam jogar mais, e vencendo "dois" rivais: o adversário e o campo molhado.

Sumido, Keirrison decide a história do jogo

Nos 45 minutos finais de partida, os jogadores do Coritiba entenderam que na técnica a equipe não conseguiria virar o marcador. Assim, com as entradas de Diogo e Túlio nos lugares de Henrique Dias e Douglas Silva, a meta do técnico René Simões era ganhar mais ofensividade, aliada a força física.

Entretanto, sem técnica, o jogo seguiu ruim tecnicamente, com muitos "chuveirinhos" na área da Ponte Preta, e sem bom cabeceadores do Coxa participando desses lances. A Macaca parecia administrar o jogo, apesar da pressão desordenada do Verdão, e chegou uma única vez no gol de Edson Bastos na etapa complementar.

E quando não deu para segurar os coxas-brancas na bola, as faltas foram o artifício usado em larga escala. Assim, o árbitro Fabrício Neves Corrêa teve trabalho e distribuiu muitos cartões amarelos. A entrada de Hugo no ataque alviverde também não surtiu efeitos práticos, então coube a um defensor fazer o serviço dos atacantes.

Depois de cobrança de falta, uma poça ajudou o zagueiro Henrique, que dominou e tocou para as redes de Denis. No gol de empate, o defensor levou um pontapé de Anderson, e o jogador da Ponte acabou expulso. Com um a mais, o Coritiba viu a oportunidade da virada.

Com a Maca rifando todas as bolas, em um dos últimos cruzamentos na área, Anderson Lima alçou, Henrique subiu mais que a defesa e raspou de cabeça e a bola sobrou na frente de Keirrison, até então sumido no jogo. Como o trabalho do atacante é marcar gols, o prata-da-casa cumpriu bem o seu papel, consolidando a virada, aos 47 minutos. Atordoada, a Ponte Preta não conseguiu absorver o golpe e agonizou até o apito final. E nem mesmo o frio atrapalhou a alegria coxa-branca.

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