• Carregando...
Há dez anos no Coritiba, a psicóloga Flávia Focaccia Justus garante: nada de “oba-oba” no elenco com a proximidade do título estadual | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Há dez anos no Coritiba, a psicóloga Flávia Focaccia Justus garante: nada de “oba-oba” no elenco com a proximidade do título estadual| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Entrevista

Flávia Focaccia Justus, psicóloga do Coritiba.

Como evitar o clima de "já ganhou"?

É estar sempre voltando ao foco e conscientizando que o "oba-oba" não funciona no futebol. Nosso grupo é muito experiente. Eles sabem que a hora em que se perde um pouco o foco, há chance de os resultados serem revertidos. Então toda hora estamos conversando, a diretoria dá toda assistência, a comissão. Está todo mundo unido, não só os jogadores. A gente tenta dar todo o suporte para que isso não aconteça. Eles estão concentrados porque sabem da importância que isso vai ter para o grupo, para o clube e para cada um deles.

Qual o papel do técnico Marcelo Oliveira na manutenção do foco?

Acredito que o treinador é a peça mais importante. Ele está no dia a dia motivando os atletas, no treino, na concentração, nos jogos. Nós, que fazemos parte dessa equipe, damos o suporte. Ele constrói isso no dia a dia. A gente percebe que ele conquistou o grupo.

Qual a principal característica desse elenco?

Comprometimento com o trabalho. Vemos que em determinada época do ano tem atleta que não quer nada com nada. Hoje não existe esse negócio de "sou titular" ou de "não sou relacionado". Todos têm o mesmo pensamento. Um torce pelo outro. Não tem vaidade.

Coritiba x Corinthians - PR

Curitiba, 18h30

Coritiba: Édson Bastos; Jonas, Pereira, Cleiton e Lucas Mendes; Leandro Donizete, Léo Gago, Davi, Éverton Ribeiro e Anderson Aquino; Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.

Corinthians-PR: Walter; Araújo, Élton (Neto), Peixoto e Nelsinho; Leandro, Andrezinho, Cícero, Willian; Rodrigo Hote e Renan. Técnico: Luciano Gusso.

Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Anderson Carlos Gonçalves. Auxs.: Adair Carlos Mondini e Daniel Cotrim de Carvalho.

A campanha do Coritiba na temporada – 20 vitórias e 2 empates (94% de aproveitamento) – permite dizer que os comandados do técnico Marcelo Oliveira têm ho­­je, em teoria, contra o Corinthians-PR, às 18h30, no Couto Pe­­reira, mais um jogo fácil no ca­mi­­nho rumo ao título estadual.

A facilidade – ou não – da par­­tida, porém, está intimamente ligada à maneira como os donos da casa entrarão em campo. Mes­­mo muito perto da conquista (cinco pontos de vantagem para o Atlé­­ti­­co, restando quatro rodadas), o mí­­ni­­mo espaço dado à so­­berba pode comprometer todo o trabalho.

A psicóloga do clube, Flávia Fo­­­­caccia Justus, garante que não há espaço para "oba-oba". Segun­­do ela, nem mesmo a proximidade do primeiro objetivo do ano irá alterar a maneira de ser do elenco. Ou seja, não há sinal de salto alto. "Isso vem sendo trabalhado desde o início do ano. É um jogo de cada vez, uma vitória de cada vez. O comportamento não vai mudar na reta final", afirmou Flávia, que há dez anos trabalha no Alto da Glória.

Um triunfo sobre o Timão­zi­nho, combinado a empate ou der­­rota do Atlé­tico contra o quarto co­­­­­­lo­­cado Cia­nor­­te, abre a possibilidade de o tí­­tu­­lo vir já na ro­­da­­da seguinte, contra o Roma, em Apucarana.

O cenário no qual o Coritiba levantaria a taça com duas rodadas de antecedência, entretanto, ainda nem é cogitado por atletas e comissão técnica. A velha tática do "passo a passo" prevalece.

"Temos procurado fazer de ca­­da jogo uma decisão e ainda faltam quatro", disse o zagueiro Clei­­ton, que será titular no lugar do suspenso Emerson. "Estamos preparados para ser campeões, o foco está muito certo. Só depende da gente. Por isso ficar de salto alto agora seria bobeira", concordou o meia e aniversariante do dia Éver­­ton Ribeiro, que entra na vaga de Rafinha, suspenso pela agressão sobre Wellington, do Ara­­pongas, no jogo do dia 23 de março.

Mais importante do que respeitar o adversário, o principal trunfo para definir a 21.ª vitória coxa-bran­ca em 2011 – 17.ª no Para­naense – é o mais simples possível: jogar futebol.

É exatamente o que Marcelo Oliveira vem enfatizando. "Sabe­­mos que os jogos são difíceis, mas temos de saber também que, pelo trabalho realizado pelo time, po­­de­­mos ganhá-los, com entrega até o fim. Quem sabe não vamos fazer um ano histórico aqui? A perspectiva é muito boa. Só precisamos consagrar isso nas partidas que nos restam", apontou o treinador.

Ao vivo

Coritiba x Corinthians-PR, às 18h30, na Rádio 98 FM (98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]