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O atacante Marcos Aurélio, figura apagada em campo,  perde jogada para o defensor do Bahia. Coxa perdeu  os primeiros pontos em casa no returno | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
O atacante Marcos Aurélio, figura apagada em campo, perde jogada para o defensor do Bahia. Coxa perdeu os primeiros pontos em casa no returno| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Desfalques

Entre as justificativas para o empate, o técnico Marcelo Oliveira lembrou sobre a formação do meio de campo do Coritiba, que esteve desfigurado ontem. "Aconteceu numa coincidência do Tcheco, Donizete e o Léo Gago estarem fora. Esses jogadores sustentam a parte técnica e a marcação na meia cancha. Eles fizeram falta", disse. A boa notícia é que Gago retorna de suspensão e Donizete deve estar recuperado da tendinite no joelho até a próxima partida.

Opinião

No piloto automático

A retranca do Bahia no Couto Pereira não serve como única justificativa para o empate bisonho de ontem. A dificuldade para furar o ferrolho armado por Joel Santana foi evidente, porém mais pela falta de inspiração do que pela qualidade da defesa baiana.

O Coritiba que entrou em campo foi um time sem qualquer vontade e sem a mínima motivação. Até certo ponto compreensível, como não poderia ser diferente depois que a Libertadores se apagou na última quinta-feira quando perdeu para o Fluminense. O objetivo daqui para frente é simplesmente cumprir tabela. Ou seja, nas últimas oito rodadas, certamente veremos um Alviverde debruçado no piloto automático até o pouso lá em 2012.

O ano recheado de recordes vai ser resumido basicamente por isso mesmo e pelo bicampeonato paranaense. Muito se falou no primeiro semestre de que esse Coritiba 2011 só seria lembrado se alcançasse algum título nacional. Não conseguiu. Ano para esquecer e recordar.

Gustavo Ribeiro, repórter

  • Confira a ficha técnica do jogo

No dia em que o Coritiba entrou em campo vestindo uma camiseta comemorativa pelo recorde mundial das 24 vitórias consecutivas, esteve bem longe daquele time que alcançou a marca que foi parar no Guiness Book.

Sem qualquer inspiração para furar a retranca do Bahia, o Alviverde não fez valer o mando de campo e empatou por 0 a 0 com a equipe baiana, ontem, no Couto Pereira. Na sua casa, o Coxa entrou em campo com 71% de aproveitamento neste Nacional – e 100% no returno.

Com o empate sem gols, o discurso de que "ainda é possível" alcançar uma vaga na Liberta­dores nem sequer foi ventilado após a partida. E não seria diferente, já que o time do Alto da Glória parou na 11.ª colocação com 41 pontos, a longos 9 do Fluminense, o primeiro na zona de classificação para a competição continental.

"Algum descuido no caminho nos deixou nessa situação. Na medida em que não conseguimos as duas últimas vitórias, naturalmente que o caminho fica mais longo. Tenho comigo e os jogadores estão cientes de que agora é o momento de maior união e mais trabalho para buscar a melhor colocação possível. Temos que fazer o melhor sempre", resumiu o atual pensamento coxa-branca o técnico Marcelo Oliveira.

O fato de atuar em casa, onde o Coritiba é infinitamente superior, não foi um diferencial ontem. Pelo contrário, foi uma armadilha na qual os atletas não estiveram atentos. "Alertei os jogadores de que não podíamos entrar em campo achando que apenas o Couto [Pereira] e a torcida ganhariam o jogo", reclamou.

A igualdade no placar que determinou essa resignação foi desenhada a partir de um expediente clássico e já esperado pelo Alviverde: retranca e contra-ataque. Não por acaso que esse foi o aspecto exaustivamente comentado tanto pelo treinador como pelos jogadores depois do apito final.

"Não faltou sorte. Tivemos domínio total do jogo, eles vieram fechados e conseguiram levar o empate", comentou o atacante Marcos Aurélio. Na mesma linha seguiu o zagueiro Emerson. "Faltou o gol, mas precisamos ter tranquilidade. O Bahia veio com o propósito de se defender, mas ainda temos algumas rodadas pela frente", disse.

Se o objetivo da Libertadores morreu de vez, a "melhor colocação possível" que Oliveira citou tem ainda mais oito atos. O primeiro deles é no próximo domingo contra o São Paulo, no Morumbi.

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