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Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal | Divulgação PF
Cocaína estava enterrada em três tonéis num matagal| Foto: Divulgação PF

O Criciúma tirou da garganta a angústia que cultivava desde 2004 – quando acabou rebaixado para a Série B após um empate em 3 a 3 contra o Coritiba – e consumou sua vingança contra o alviverde paranaense na noite desta terça-feira. Com a vitória por 3 a 1, o Tigre catarinense manteve a boa marca de 23 jogos de invencibilidade atuando no Heriberto Hulse e disparou na liderança da segundona brasileira com 26 pontos conquistados.

Com mais sorte que juízo, o Coritiba segue na vice-liderança da Série B com 19 pontos, ao lado do Barueri que tem o mesmo número de pontos e também perdeu nesta rodada.

O técnico René Simões surpreendeu ao anunciar os 18 jogadores que iriam a campo para o jogo contra o Criciúma. Candidato a ocupar uma posição de titular no lugar do companheiro Diogo, Marlos sequer foi chamado para sentar no banco de reservas. No jogo anterior, contra o CRB-AL, o jogador foi muito bem e a torcida esperava vê-lo entre os titulares. Durante o jogo, o escolhido Diogo não correspondeu às expectativas.

Sem responsabilizar apenas o treinador, alguns jogadores não demonstraram um bom futebol durante o jogo. Sem apoiar a marcação, Pedro Ken até teve um desempenho razoável, mas Careca ficou com todo o peso de desarmar o adversário. Com Diogo e Henrique Dias bastante apagados, além de um Fabinho desatento, o time sofreu e sucumbiu ao entrosamento do time catarinense.

O jogo

Diferente do previsível, o Coritiba partiu para cima do Criciúma desde os primeiros minutos de jogo no Heriberto Hulse. Os anfitriões tentavam encontrar o melhor posicionamento, enquanto os visitantes apostavam na velocidade para chegar ao gol em bolas alçadas na área.

A primeira chance do Coritiba aconteceu aos 8 minutos quando Henrique Dias recebeu em velocidade, livre de marcação. O jogador avançou, mas se precipitou e arriscou de longe num chute fraco e sem perigo. Pouco depois, aos 11, os jogadores do alviverde trocam passes e Pedro Ken lançou Ivo pela direita. O ala não perdeu tempo e cruzou para Gustavo que bateu cruzado para as redes de Zé Carlos, abrindo o marcador para os visitantes.

Com a vantagem no placar, o Coritiba diminuiu um pouco o ritmo inicial e se apoiou no bom momento que o sistema defensivo vivia. Henrique tomou conta do setor e ao lado de Felipe conseguia fechar os espaços e anular as jogadas do Tigre catarinense.

Aos poucos aumentava o nível de perigo nas jogadas do Criciúma e as jogadas apareciam com freqüência, principalmente pelo lado direito. Em uma das tentativas, Elizeu fez o cruzamento e Rudnei se adiantou à marcação para tocar no fundo das redes de Edson Bastos. Empolgado, o técnico Gerson Silva tirou um zagueiro e colocou o atacante Kelson.

O Coritiba chegou a criar algumas jogadas perigosas, principalmente com o atacante Gustavo. Mas o time pecava pela falta de criatividade e a marcação já não funcionava como o esperado. Vivo no jogo, o Criciúma pressionou e depois de um cruzamento da direita, Luiz André subiu mais que a marcação e não teve dificuldades para cabecear com precisão nas redes do alviverde.

Era clara a insatisfação dos jogadores quando o primeiro tempo terminou. "A gente está bem na partida. Sabemos que a equipe deles é forte e entrosada, mas precisamos de mais atenção, principalmente pelo lado direito. Mais atenção e melhor contra-ataque", disse Pedro Ken. O técnico René Simões reclamou da marcação. "Fizemos um gol e paramos de fazer a marcação que fazíamos lá na frente. Não pode dar espaço".

Segundo tempo

Para a segunda etapa os times voltaram sem modificações, o que de cara irritou o torcedor alviverde. Vendo o desempenho de alguns jogadores, modificações eram esperadas, mas não vieram.

O resultado foi o mais desastroso possível. Aos 7 minutos do segundo tempo Elizeu chutou em cima da marcação e a bola sobrou logo à frente para Carlos. O meia dominou, ajeitou e chutou forte, mas a bola desviou no zagueiro Henrique e enganou o goleiro Edson Bastos. 3 a 1 para os anfitriões.

Depois da fraca apresentação de Henrique Dias durante o jogo, René Simões optou pela entrada de Anderson Gomes no ataque alviverde. A mudança deu resultado, mesmo que apenas psicológico. O Coritiba tentou resgatar o domínio que teve nos momentos iniciais do jogo e foi para cima do adversário de forma desordenada. Aos 11 aconteceu a grande chance da segunda etapa até então, quando Diogo cobrou uma falta no travessão.

Perdido em campo, o Coritiba tentava chegar ao gol adversário, mas deixava o sistema defensivo desguarnecido. No momento crucial da segunda etapa, precisamente aos 20 minutos, os visitantes tiveram a chance de diminuir a vantagem do adversário. Depois de uma troca de passes dentro da área do Tigre, Fabinho recebeu na pequena área e teve tempo de escolher o canto, mas chutou fraco nas mãos do goleiro Zé Carlos.

O jogo seguiu péssimo para o Coritiba e a partida passou a ser tensa. O árbitro Márcio Chagas da Silva distribuiu cartões para vários jogadores das duas equipes – sobrou até um vermelho para o jogador Mateus, do Criciúma, já nos acréscimos – e o apito final acabou sendo um alívio para o alviverde paranaense.

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