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O atacante Bruno Meneghel marcou dois gols contra o Coritiba, nos Aflitos. Tiago Real, Bill e Capixaba observam a comemoração do rival | Correia Neto/Futura Press
O atacante Bruno Meneghel marcou dois gols contra o Coritiba, nos Aflitos. Tiago Real, Bill e Capixaba observam a comemoração do rival| Foto: Correia Neto/Futura Press

Um choque de realidade esperava o Coritiba no Recife. Se o jo­­­­go contra o Náutico era um termômetro do que espera o Alvi­ver­­de na caminhada pela Segun­­da Divisão, a derrota por 3 a 1 mostrou que o Coxa terá de fazer muito mais do que fez para ficar com a taça do Campeonato Para­­naense.

Foi o primeiro dos 29 jogos longe do Couto Pereira, palco das sete vitórias seguidas que deram o título estadual ao clube e que certamente fará falta na bri­­ga pelo acesso à elite – especialmente se o time se apresentar com a apatia que mostrou em lances decisivos nos Aflitos.

A esperada desenvoltura que o Coxa teria adquirido com os jogos longe de casa no início do ano – ratificada com um pedido do técnico Ney Franco: "Agora a gente quer transferir para a Série B" – esbarrou nos erros no ataque, inoperante com Bill, e na defesa, que tomou dois gols por falhas de marcação pelo meio.

O primeiro, aos 44 do primeiro tempo; o segundo, logo aos três da segunda etapa. "Eu fico chateado para caramba", reclamou o capitão Jéci, que teve o bom senso de não usar nos mi­­cro­­fones os palavrões que certamente queria dizer. "Esse jogo de hoje [ontem] serve de lição pa­­ra muitos sentir como vai ser a Série B".

Até há quem reclame um gol anulado de Bill, ainda no primeiro tempo, quando o bandeira marcou um impedimento duvidoso. Talvez o gol desse mais tranquilidade à equipe, que, no entanto, falhou nos mo­­mentos cruciais. Com as duas falhas defensivas, pouco fica a se justificar.

Mas, em meio aos erros, um brilho individual: o golaço de Marcos Paulo, que passou por três jogadores e tocou com estilo na saída do goleiro do Timbu. A reação parou no minuto seguinte, quando Bruno Meneghel, que havia feito o primeiro e da­­do o passe para Geílson fazer o segundo, bateu no canto de Édson Bastos, fechando o placar por 3 a 1. Eram 12 do segundo tempo e até o final do jogo, nada mudou.

"Não foi a estreia que a gente queria, somando pontos. Mas o Náutico tem uma equipe arrumada e vai brigar para subir", disse o técnico Ney Franco, procurando valorizar o desempenho do adversário.

A derrota na largada acendeu o alerta e jogou uma expectativa ainda maior pelo desempenho coxa em Joinville, a partir da pró­­xima sexta. A primeira das dez partidas será contra o Amé­rica-MG. Sem a força do Couto Pereira, o time precisa estar mais ligado do que esteve nos Aflitos. "Tem de levantar a cabeça porque é só a primeira rodada", ponderou Demerson, que deverá se manter como titular uma vez que Pereira deixou o campo sentindo dores.

O melhor retrato do que aconteceu em Pernambuco veio da cabeça que mais se destacou pelo lado coritibano: "Nosso ti­­me acabou errando e no Brasi­leiro não se pode errar", reconheceu Marcos Paulo.

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