Coritiba se despede de 2012 em clima melancólico

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O Coritiba despede-se hoje de 2012 com um clima melancólico no ar. Após a expectativa criada ao chegar ao título Paranaense e tão perto da taça na Copa do Brasil, a equipe coxa-branca decepcionou no Brasileiro e brigou para não acabar na Série B. Garantido na elite, o último ato será contra o rebaixado Figueirense, às 17 horas, no Couto Pereira, restando ao Alviverde testar jogadores para 2013.

Com esse objetivo, estarão em campo o volante Júnior Urso, o zagueiro Bonfim e o meia Robinho. No banco de reservas, o meia Willian Leandro, o atacante Alex San­­tos e o lateral-esquerdo Eltinho devem ter uma oportunidade. O jogo é tão despretensioso que o meia-atacante Rafinha e o volante Willian já estão de férias, pois não foram nem relacionados.

Apesar do clima de saideira, o técnico Marquinhos Santos assegura o desejo de encerrar o ano com uma vitória após três derrotas consecutivas. Sequência que o treinador garante não ter vivido nem mesmo nos tempos em que trabalhava na base.

"Após atingirmos os 45 pontos houve um relaxamento, até de maneira inconsciente. Isso ocasionou as derrotas", justificou Marquinhos Santos. "Em respeito à torcida, ao que foi feito nos jogos antes das três derrotas, à instituição e à imprensa, estamos optando por manter 80% da equipe titular e observar quem tem de ser observado", completou.

Na cabeça do treinador também está a ideia de testar um time para 2013, já pensando em como o meia Alex irá se encaixar nessa formação. Até por isso o comandante alviverde optou por Robinho ao invés de Ruidíaz, além de tentar ter mais técnica para barrar a correria que os jovens do Figueirense devem impor.

Entre as novidades, o zagueiro Bonfim foi quem menos teve oportunidades neste ano, tendo jogado apenas três partidas. Já Robinho esteve em campo 25 vezes, enquanto Júnior Urso, que garante estar perto de renovar o contrato por três anos, atuou em 50 dos 75 confrontos da temporada.

"Eu tive muitas oportunidades, principalmente no primeiro turno. Faltou um pouco de regularidade para mim. Mas creio que quem entende de futebol sabe que deu para eu demonstrar que tenho muito para dar", argumentou Urso, não temendo as críticas da arquibancada.

"A torcida está no direito dela. Se quiser me apoiar, se quiser me criticar, pode vir. Eu tenho de fazer o meu trabalho, independentemente se tem gente falando mal ou não Sei que há pessoas realistas, vendo o que está acontecendo de verdade", completou.

Júnior Urso admitiu que este jogo é importante para atletas que, como ele, ainda precisam definir o futuro. Mesmo assim, o volante lamentou o encerramento da temporada com um jogo tão esvaziado.

"É muito pouco o que restou para o Coritiba. A gente podia estar em uma melhor colocação na tabela, fomos bem contra equipes grandes", defendeu.