Depois da suada vitória sobre o Paraná, o técnico Ney Franco disse que neste ano tudo será difícil para o Coritiba. Foi novamente ontem, diante do Corinthians Paranaense. Mas com boa parte da dificuldade criada pelo próprio Coxa. O time voltou a perder um pênalti, o treinador mexeu errado e o Timãozinho chegou a pressionar em busca do empate, deixando a vitória por 2 a 1 e a manutenção da liderança com cara de alívio.
Assim como no clássico, a penalidade máxima foi sofrida por Bill ao ser empurrado na área. Desta vez, porém, ele tirou a bola de Marcos Aurélio que havia parado no goleiro paranista Juninho. "O Bill sabe que eu bato pênalti. Mas pegou a bola e eu não ia tomar da mão dele. Estava confiante, mas falei que a responsabilidade era dele", disse o batedor oficial da equipe. E não errou por pouco.
Sorte do centroavante que o Alviverde abriria o placar pouco depois. Lance, aliás, que começou em um golpe de sorte. Desatenta nas bolas altas, a defesa permitiu uma cabeceio de Bruno Batata no travessão. O contra-ataque em seguida terminou com o gol de Rafinha.
O passe foi de Marcos Aurélio, que se destacava ao voltar para buscar o jogo, com Rafinha aberto na direita, Renatinho na esquerda e Bill como referência na área. No intervalo, buscando mais força ofensiva, Ney Franco optou pela entrada de Ariel no lugar do volante Andrade. Mas congestionou demais o ataque, atrapalhando a movimentação, além de perder pegada no meio.
"Tivemos um problema no planejamento das substituições com a saída do Pereira (machucado, deu lugar a Lucas Mendes). Pensava em fazer duas no intervalo, colocando o Ariel e o (meia) Tiago Real. Mas decidi esperar um pouco para não queimar todas", argumentou o técnico.
Ele tentou corrigir 15 minutos depois, trocando Bill por Tiago Real. Mas o Corinthians, escolado pela derrota por 4 a 1 para o Atlético, não se desorganizou após sair perdendo. Esperando o momento certo para atacar, empataria o jogo, após nova falha da defesa alviverde em jogada aérea. Como no primeiro tempo, a apreensão só não tomou conta do estádio porque outro gol saiu logo em seguida. Novamente com Ariel, que já havia saído do banco para salvar o time no Paratiba.
"Foi ainda mais difícil do que contra o Paraná. Além de tudo, estamos jogando preocupados com o adversário e a arbitragem", disse o lateral-direito Fabinho Capixaba, reclamando do juiz que irritou os dois times. "É verdade que não fomos tão bem como em outras vezes, mas hoje foi o jogo da raça", resumiu.
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