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Ariel, que já estaria livre para acertar um pré-contrato com outro clube, preocupa a diretoria alviverde | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Ariel, que já estaria livre para acertar um pré-contrato com outro clube, preocupa a diretoria alviverde| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

O Coritiba começa a definir hoje a situação do atacante argentino Ariel Nahuelpan. Está marcada para essa sexta-feira, no Couto Pereira, uma reunião entre Ernesto Pedroso, da comissão de futebol do Conselho Administrativo do Coxa, e Eduardo Dreyer, ex-jogador do clube e assessor do atleta em Curi­­tiba.

Primeira conversa formal entre as duas partes com rumo já definido: para o camisa 9 permanecer no Alto da Glória, será preciso rediscutir as bases do contrato, visando uma valorização financeira – ou seja, o antigo acerto deve ser bastante modificado.

Esse é o desejo de Ariel e a alternativa mais segura para o Coritiba. "É um jogador que fez sucesso com a torcida, visado pelo mercado. Não queremos dar brecha para outros clubes", comenta Ernesto Pedroso. Ao falar em "brecha", o dirigente lembra as saídas de Mar­­los, Rodrigo Mancha, Mar­­celinho e Carlinhos Paraíba, sem render nada ao clube.

Preocupação por causa do acerto que foi feito com Ariel. Ele desembarcou no Alto da Glória em julho de 2008 – vindo do desconhecido Nueva Chicago, de Buenos Aires, por cerca de U$ 1,5 milhão de dólares, contratação mais cara da história coritibana.

Em se tratando de um estrangeiro, firmou-se um acordo de dois anos, mesmo prazo do visto de tra­­ba­­lho dele no Brasil (condição imposta pelo Ministério do Tra­­balho). E preparou-se uma renovação, por mais três anos, para quando a permissão expirasse. Manobra legal e normal, po­­rém, passível de contestação na Justiça.

Soma-se a isso a possibilidade de Ariel já acertar um pré-contrato com outra agremiação, pois restam menos de seis meses para o término do vínculo inicial (dia 30 de junho). "Tudo pode ser discutido no futebol. Mas o Coritiba e o Ariel sabem o que assinaram", comenta Gustavo Nadalin, diretor jurídico do Alviverde.

Sobre o assédio, duas equipes demonstraram interesse. Uma delas foi o Fluminense. Porém, com uma proposta considerada absurda nos bastidores do Alto da Glória: a cessão de cinco jogadores, nenhum deles de expressão, por Ariel. A intenção valeu a seguinte resposta de Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do G9 coxa-branca. "Eles que tragam 20 milhões de euros que ainda sai negócio."

Nas bases do primeiro contrato de Ariel com o Verdão, a multa rescisória é hoje (através do cálculo penal da Lei Pelé) de R$ 24,4 milhões (ou 9,3 milhões de euros). "O Ariel foi uma aposta do Coritiba. Vamos primeiro ouvir o que o clube tem para nos dizer e conversar. Não há qualquer intenção de complicar a negociação", afirma Dreyer.

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