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O meia atleticano Netinho divide a bola com o volante coxa-branca Leandro Donizete no primeiro tempo do clássico na Arena | Albari Rosa / Gazeta do Povo
O meia atleticano Netinho divide a bola com o volante coxa-branca Leandro Donizete no primeiro tempo do clássico na Arena| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Chaves do Jogo

Corpo fechado

O goleiro Neto estava intransponível. Em dois lances perigosíssimos na casa dos 30 do primeiro tempo, manteve-se invicto: primeiro com uma defesa espetacular, em chute de Marcos Aurélio; depois, viu Jéci acertar a trave.

Quem não faz...

Se o Coxa perdeu os gols quando era melhor, o Furacão não perdoou. Depois de passar o sufoco acima, Manoel apareceu no ataque e pôs o Rubro-Negro na frente, na clássica jogada de escanteio. Mesmo assim, não segurou a vitória.

Premiado pela luta

De tanto insistir, Marcos Aurélio conseguiu o seu gol. Foi de falta, empatando o jogo na reta final do segundo tempo, arriscando o canto do então insuperável Neto.

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Palco do supermando rubro-negro em 2009, a Arena se transformou na cartada alviverde. O empate, por 1 a 1, na casa do maior rival praticamente sacramentou ao Coxa as vantagens que tanto ajudaram o Rubro-Negro na campanha do último título. Se a distância entre eles permanece de quatro pontos, o líder alviverde tem menos tempo para ser alcançado

A equipe precisa de apenas uma vitória nos dois jogos restantes para assegurar dois pontos extras e o direito de jogar as sete partidas do octogonal decisivo no Alto da Glória, independentemente do desempenho atleticano.

Um benefício capaz de reanimar o torcedor alviverde, abatido com o rebaixamento logo no ano do centenário e por ter abrigado o pior episódio de violência do estado no desfecho do Brasileiro. O vandalismo custou a perda de mando e fez a equipe peregrinar longe de casa e longe do público. Mesmo no retorno ao Couto Pereira, amargou fraca bilheteria. Uma perda de caixa considerável no ano de renda reduzida pela metade graças ao descenso. "Os torcedores tem voltado. Mas precisamos de mais sócios. Com essa campanha e com esse time o nosso torcedor voltará", torce o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade.

O resultado garantido por Marcos Aurélio na segunda etapa veio logo na semana que pode definir os rumos do clube fora de campo. Hoje pode ser confirmado o julgamento no pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na próxima quinta-feira. Em primeira instância o clube foi punido com a perda de 30 mandos e multa de R$ 620 mil.

Ao Furacão, que chegou a abrir o placar com Manoel e ver a decisão do supermando adiada, restou secar o adversário, buscar os resultados contra o Iraty (fora) e o Paranavaí (casa) e valorizar o próximo clássico, mesmo que seja na casa do adversário.

"Temos que dar tranquilidade para o torcedor. Ainda temos muitas partidas pela frente e a decisão ainda está por vir", afirmou o meia Paulo Baier, que voltou à equipe durante o segundo tempo após dez rodadas se recuperando de uma contusão.

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Tática

Em partida rápida, a bola parada resolve

Um jogo para deixar as torcidas inquietas com tanta velocidade, mas decidido em bolas paradas. A movimentação e a rápida troca de passes do Atlético agilizaram o duelo. A arma do Coxa foi o contra-ataque com a qual criou as melhores chances, especialmente com Marcos Aurélio. Ele formou o ataque com Bill, que assumiu o posto de Ariel Nahuelpan.

O argentino foi o personagem da semana pela oportunidade, que acabou não confirmada, de comandar o ataque do Coxa enquanto o conterrâneo Javier Toledo ganhava vaga à frente do Rubro-Negro. O substituto, porém, justificou a escalação com mais habilidade e proteção da bola no ataque alviverde do que o gringo. Já Pepe, que saiu no intervalo, pouco apareceu no Furacão.

Nas bolas paradas, arriscando mais , com um pênalti reclamado sobre Renatinho e uma bola na trave, o Coritiba não deu sossego. Após tanto sofrer com a pressão, Manoel trouxe o alívio esperado pelo Furacão. Netinho cobrou escanteio da direita e o zagueiro apareceu de cabeça para abrir o placar. "Sempre é o Alan Bahia que aparece ali. Pedi para entrar (na área) e tive a oportunidade fazer o gol", comemorou.

Mas foi outra bola parada que decidiu não apenas o clássico, mas provavelmente o supermando do Paranaense, com Marcos Aurélio. O empate prolongou o bom histórico recente do Coxa na Arena. Desde julho de 2005 o Atlético não comemora contra o arquirrival. Até venceu por 2 a 1 na final de 2008, mas o título ficou com o Coxa.

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