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O volante Ramires disse que começou a correr quando criança, para fugir das palmadas da avó | Antonio Scorza/AFP
O volante Ramires disse que começou a correr quando criança, para fugir das palmadas da avó| Foto: Antonio Scorza/AFP

Espanha encara a zebra com cautela

Atual campeã europeia, líder do ranking da Fifa e invicta há 35 jogos, a Espanha é a grande favorita para ir à final da Copa das Confederações. Mas, para isso, ainda precisa passar pelos EUA na semifinal de hoje, a partir das 15h30, no Estádio Free State, em Bloemfontein.

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Johannesburgo - Apenas cinco jogos pela seleção brasileira, sendo três deles entrando durante os 90 minutos e dois como titular absoluto, deram a Ramires uma notoriedade que ele jamais imaginou conseguir tão rapidamente. Ainda desconhecido fora do Brasil, o jogador desperta a curiosidade da imprensa internacional na Copa das Confederações.

Ontem, Ramires se viu no centro do furacão da seleção. Percebeu que seu nome gira o mundo. Por volta das 12h40 (horário sul-africano), ele entrou encabulado na sala de entrevistas do Sunnuside Park Hotel, em Johannesburgo, onde o time de Dunga está concentrado. Olhou desconfiado para aquela porção de jornalistas, câmeras e fotógrafos que o esperavam.

O zagueiro Lúcio foi o primeiro a ser entrevistado pelos repórteres. Depois de 10 minutos de perguntas e respostas, se levantou, olhou para Ramires e disse "boa sorte, amigo". O jogador, carioca de Barra do Piraí e mineiro por adoção, deu um sorriso sem graça ao ser jogado aos "leões" pelo capitão da seleção.

Ramires imaginou que vinha chumbo grosso. Que nada. Perguntaram por que ele corre muito nos jogos. "Sempre corri muito, desde novinho. Jogando bola, mas às vezes tinha de correr por outras coisas. Quando a gente é moleque travesso, a gente faz umas artes e tem de correr. Corria da minha avó, de cachorro. Isso faz parte", contou o jogador. Mas por que correr da avó? "Uai, para não apanhar. Quem gosta de apanhar?"

De acordo com as estatísticas da Fifa, Ramires foi o jogador da seleção que mais correu nos últimos dois jogos do Brasil. Contra os EUA, percorreu 11.044 metros em campo. Na partida diante da Itália, mais 11.855 metros.

Aos 22 anos, virou titular da seleção brasileira, provocando cobiça no mercado europeu. Quem perdeu nessa história foi o Cruzeiro, que vendeu Ramires ao Benfica pela bagatela de 7,5 milhões de euros em maio, no mesmo dia em que o jogador foi convocado por Dunga para a Copa das Confederações. "Não sei se os dirigentes do Cruzeiro estão arrependidos. O importante é que vou jogar no Benfica, que vai abrir as portas da Europa para mim", disse Ramires, cercado por jornalistas da Itália, Espanha e de Portugal. Eles queriam saber se o meia tinha preferência por algum grande europeu. "Não sei de nada do Milan, Real Madrid ou de outro clube. Sei que o Benfica também é um grande clube", comentou ele, que ainda disputa a segunda semifinal da Libertadores, contra o Grêmio, pelo Cruzeiro.

A má notícia da tarde ficou por conta de Juan. O zagueiro, com uma lesão na perna esquerda, não disputa mais a competição.

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