Corrida ‘turbinada’ apaga briga pelo título

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Pontos dobrados, mudança no tempo de prova, figurões da Fórmula 1 e da Indy, prêmio de R$ 1 milhão. Em meio a essa fartura de atrativos, a última prova da Stock Car, às 9h30, hoje, em Interlagos (SP), também vale o título da temporada.

Na disputa pelo primeiro lugar geral estão sete pilotos – o líder Cacá Bueno (159 pontos), seguido de Átila Abreu (149), Daniel Serra (149), Ricardo Maurício (149), Max Wilson (138), Valdeno Brito (137) e Nonô Figueiredo (130) –, que terão uma série de "empecilhos" para superar na corrida. A começar pelas presenças ilustres de Rubens Barrichello (ex-F1), Tony Ka­­na­­an, Helio Castroneves e Rafa Matos (pilotos da Indy) no grid.

Mas os convidados especiais não vão se contentar apenas com o papel de coadjuvantes, assim como os demais pilotos sem chances de título, já que o vencedor em Interlagos receberá um prêmio polpudo de R$ 1 milhão. Em anos anteriores, a corrida milionária era disputada no meio da temporada.

"Não sei o que se passa na cabeça dos organizadores da Stock... Gostaria que não fosse assim, acho que outros pilotos também não queriam tantas mudanças para a final. Mas vou me concentrar mais em acertar o carro e na busca do título do que em ganhar o prêmio", diz Átila Abreu.

O paranaense Rodrigo Spe­rafico, que ainda não venceu na categoria, confirma que o fator milhão dá uma motivação extra aos pilotos e dificulta a vida de quem ainda briga pelo título. "Seria ótimo conquistar uma vitória pelo prêmio e pelo pódio para fechar a temporada. Certamente deixa a corrida mais emocionante para o público", diz.

Só que as novidades para a prova derradeira de 2012 não pararam por aí: a pontuação para o GP de Interlagos terá valor dobrado em relação à das demais etapas. O campeão somará 44 pontos, em vez dos habituais 22. Assim, o que seria a concorrência direta entre quatro pilotos – se a pontuação normal fosse mantida – subiu para uma disputa entre sete candidatos ao título.

Não bastasse, a regra da cor­­rida também foi modificada para hoje: em vez da duração de 40 minutos mais uma volta adotado para 2012 e que fez com que os pit stops se restringissem à troca de pneus, hoje os pilotos terão 50 minutos mais uma volta antes da bandeira quadriculada. "Há meses temos feito treinos de pit stop para estarmos preparados", revela Átila.