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Ao dividir o Brasileiro em dois, com direito a um longo recesso de quase quarenta dias, a Copa do Mundo resolveu os problemas do Coritiba. Se na primeira etapa da Série B o time ficou marcado pela inconstância, terminando a série de dez jogos fora do G-4 e amargando um jejum de três rodadas sem vitória, a fase pós-Mundial revelou um novo Coxa.

A metamorfose foi grande. Apesar de ter conquistado apenas uma colocação na classificação geral, passando da quinta para a quarta posição, o aproveitamento alviverde saltou dos 50% para os 66% – acima do desempenho de 60% estipulado pela diretoria do clube –, o que garante ao Coritiba o posto de líder da Segunda Divisão após o tetracampeonato da Itália.

Invicta no período, a equipe somou oito dos 12 pontos, performance superior aos principais concorrentes por uma vaga na Série A em 2007. Dos times que estão na frente do Coxa, Avaí e Naútico ganharam sete pontos, enquanto o Sport amealhou mais cinco. A média de gols também melhorou, saindo do 1,6 gol/jogo para os atuais 2 gols por rodada.

Quase todas as explicações para a transformação convergem para o nome do técnico Paulo Bonamigo. Na visão do elenco coxa-branca, o treinador usou a paralisação do campeonato para dar uma identidade ao time. "Aprendemos a ser feliz. E a partir daí tudo se tornou mais fácil. Não estava aqui, mas fiquei sabendo que antes a torcida pegava no pé. Agora é só incentivo. Ganhamos confiança. Tudo por causa do tempo que o Bonamigo teve para arrumar a equipe", afirma o volante Paulo Miranda, um dos três reforços contratados durante a intertemporada que viraram titulares. O lateral-direito Luís Paulo e o meia Cristian completam a lista.

A boa fase, porém, não seduz o comandante. Perto de completar 100 jogos no comando do Coritiba – a marca será alcançada na partida de amanhã, às 20h30, contra o América (RN), no Couto Pereira –, o gaúcho de Ijuí trabalha agora contra o fantasma de um possível salto alto. "Estamos no caminho, mas a estrada é longa. Não atingimos nada ainda. O Coxa é forte e estará sempre na frente quando estiver no seu limite, buscando melhorar a cada rodada", ensina o conterrâneo de Dunga.

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