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Marcos Aurélio é abraçado por Rafinha na comemoração do gol que garantiu o Coritiba na primeira posição por mais uma rodada: o time está fazendo valer o supermando | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Marcos Aurélio é abraçado por Rafinha na comemoração do gol que garantiu o Coritiba na primeira posição por mais uma rodada: o time está fazendo valer o supermando| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Críticas ao apito e pensamento no clássico Atletiba

Édson Bastos disparou: a arbitragem está protegendo o Atlético. Esse é o resumo das declarações do goleiro coxa-branca após a vitória de ontem, repleta de reclamações contra o apito de Jarbe Cassou. "Aqui ninguém chega para bater escanteio e bota fora da marca, como eu tenho visto aí", disse, em clara referência à jogada do gol rubro-negro no clássico contra o Paraná. Bastos, porém, evitou bater em Cassou. "Hoje a arbitragem foi um pouco confusa", ponderou, ao comentar o lance do gol que sofreu, no qual haveria falta em Jéci, que afirmou ter sido empurrado.

Sobre a briga pelo título, o técnico Ney Franco foi direto: "Temos de fazer nossa parte, porque do outro lado estão vencendo". O Atletiba já começou, mesmo faltando ainda uma rodada. "Res­­peitamos o outro lado. Sabemos que é um jogo dificílimo, se trata de um clássico", disse Bastos, que logo depois lembrou que o próximo rival é o Operário. Enquanto isso, Ariel vibrava com a vitória de ontem. "Foi ‘una’ guerra. Deixa­­mos ‘la’ vida dentro dessa guerra", comemorou. Foi a quarta partida do supermando, talvez a mais difícil. Mesmo assim, 100% de aproveitamento.

Coritiba 3 X Iraty 1

A gangorra continua, cada vez mais emocionante. O Coritiba ven­­ceu o Iraty (3 a 1) e reassumiu a ponta da tabela, confiscada pelo Atlético na quarta-feira. Mas não foi uma vitória fácil. Os visitantes venderam caro a derrota. Apesar disso, depois de quatro rodadas (faltam três), o Coxa segue se aproximando da taça, sem surpresas. A não ser na escalação alviverde. E logo cedo, com a notícia das lesões de Fabinho Capixaba e Triguinho – este, fora do cam­­peo­­nato – que obrigaram Ney Franco a mudar o time para o 3–5–2. Uma mudança de es­­quema bem contra o melhor do in­­terior, a "asa negra".

Parecia até que 2009 ia se re­­petir. Os iratienses marcavam duro; nada de espaços até o dono da casa se acostumar com o novo esquema. Quando aconteceu, pe­­los lados, com Renatinho e Heffner, o Coritiba apertou. Aos 13, Marcos Aurélio acertou o travessão; no minuto seguinte, Heffner chutou com perigo, para fora. E assim foi, entre faltas, com o Coxa martelando. O Iraty esperava para o bote. "Que time chato!", gritou nas cadeiras um torcedor coxa-branca, com um olho no campo e outro na classificação, até então com o Atlético em primeiro.

Isso até os 35. Na cobrança de escanteio, Démerson fez de ca­­beça: 1 a 0. "Graças a Deus tive a oportunidade de fazer um golzinho. O time está criando, adotou uma postura ofensiva", analisou o zagueiro. "É um jogo perigoso, a gente sabe que não tem nada definido ainda", alertou o goleiro Édson Bastos.

O Azulão voltou melhor do intervalo e, aos 9 minutos, Tava­­res empatou. Os fantasmas voltaram ao Alto da Glória, o nervosismo do Coxa era latente. Entraram Geraldo e Denis, mudando a formação para o 4–3–3. Pressão. Quando, aos 29, a defesa do Iraty cortou mal um cruzamento, Mar­­cos Aurélio apanhou o rebote. Pancada no canto esquerdo e segundo gol alviverde no Couto: "Dominei bem a bola e facilitou a finalização", contou.

No final, quando o Iraty tentava novo empate, um contra-ataque veloz selou o placar. De Ra­­fi­­nha para Geraldo, deste para tra­­ve, sobra para Rafinha... gol! Fim do sufoco, fantasma afastado.

"Sem dúvida. A gente já sabia que ia ser jogo duro", disse o za­­gueiro Jéci, que resumiu o porquê da vitória: "Quando sofremos o gol de empate, não nos de­­sesperamos". Esse fantasma foi embora. Mas domingo tem outro, o legítimo, o Operário. E mais gangorra, a última pré-Atletiba.

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Veja ficha técnica do jogo Coritiba 3 X 1 Iraty:

Em Curitiba

Coritiba

Édson Bastos; Démerson, Lucas Mendes (Denis) e Jéci; Rodrigo Heffner, Marcos Paulo, Leandro Donizete, Rafinha (Enrico) e Renatinho (Geraldo); Marcos Aurélio e Ariel.

Técnico: Ney Franco.

Iraty

Walter; Airton, Rogério, René e Marquinhos; Silvio, Bruno, Mauro (Juninho) e Artur (Negretti); Tavares (Carlos) e Heydson.

Técnico: Gilberto Pereira.

Estádio: Couto Pereira. Gols: Démerson (C) aos 35/1º; Tavares (I), aos 9/2º, Marcos Aurélio (C), aos 29/2º e Rafinha (C), aos 44/2º. Árbitro: Jarbe Cassou (PR). Amarelos: Walter, Airton, Rogério e Carlos (I); Lucas Mendes e Édson Bastos (C). Público pagante: 5.604 (6.674 total). Renda: R$ 65.650,00.

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