Coxa busca torcida e aclimatação em Foz

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Para o Coritiba, a distância en­­tre Foz do Iguaçu e Joinville é bem menor do que os 766 km ao longo da BR-277. Mais do que uma simples pré-temporada, o Alviverde começa hoje, na cidade da fronteira, um processo de interiorização de sua marca. A ideia surgiu no ano passado, no período em que precisou adotar a maior cidade catarinense como casa devido à punição de dez jogos imposta pela CBF.

"Vamos ficar dez dias na cidade [até dia 15 de janeiro, um dia antes da estreia contra o Operário, em Ponta Grossa], trei­­­­nar com portões abertos ao público, fazer uma série de ações. Tudo isso como uma forma de conquistar a cidade e buscar, no futuro, novos torcedores", resumiu o vice-presidente coxa-branca Vilson Ribeiro de Andrade, lembrando da experiência bem-sucedida em Santa Catarina.

Entre as formas de "encantar" a população local, o corpo a corpo será a principal arma. Tarde de autógrafos em um shopping e visitas às Cataratas e à Usina de Itaipu estão nos planos, bem como uma passadinha na prefeitura. Até o Vô Coxa estará por lá. "Vamos brigar com as mesmas armas [contra os rivais de outros estados] e tentar cativar a juventude e as crianças", garantiu o dirigente, fazendo referência ao amplo domínio paulista, carioca e gaúcho na preferência dos iguaçuenses. De acordo com a Paraná Pesquisas, em 2008 o Coritiba tinha apenas 0,53% da simpatia local, atrás do rival Atlé­­tico (0,84%), de seis outros clubes, e muito longe dos popularíssimos Flamengo (11,99%) e Corinthians (15,51%).

Além da intenção de expansão – em longo prazo – da base de torcedores, algo que também será levado a outros polos do estado, outro fator foi fundamental para a escolha de Foz do Iguaçu para o período de 13 dias de preparação antes do Paranaense: o calor.

A alta temperatura (média máxima em torno de 35°C durante o verão) é similar às que serão encontradas na disputa. "Dessa forma, vamos nos adaptando aos jogos no interior, que sempre têm temperaturas bem elevadas", exemplificou o coordenador do De­­partamento de Performance Física do clube, Glydiston Ananias, que estabeleceu dois períodos diários de treinamentos: um pela manhã cedo, outro no fim da tarde.

Segundo Ananias, ao invés de duas semanas, o ideal seria pelo menos 40 dias de preparação para ter uma equipe em boas condições. "Mesmo assim esse período é fundamental para colhermos frutos no fim da temporada", concluiu.