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Willian estaria sendo monitorado por quatro clubes na final | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
Willian estaria sendo monitorado por quatro clubes na final| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

Sobrevivência no banco une Oliveira a Felipão

Técnicos do Coxa e do Palmeiras, há mais de um ano no comando dos clubes, integram o restrito grupo dos longevos no futebol brasileiro

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Coxa fatura menos com os torcedores

O Coritiba arrastou menos fãs ao estádio para chegar à final Copa do Brasil pela segunda vez do que na primeira. Os cinco jogos do Couto Pereira em 2012 tiveram um público médio de 14.299 torcedores. São cerca de 3 mil pagantes a menos do que na edição do ano passado, quando a média bateu em 17.390.

Mesmo com o preço dos ingressos tendo subido aproximadamente 20% de uma temporada para outra, a arrecadação caiu na mesma intensidade. A renda acumulada de 2012, de R$ 1,3 milhão, é meio milhão inferior à da Copa do Brasil de 2011.

Ao menos o prejuízo deve ser recuperado com folgas graças à premiação do torneio. O vice contra o Vasco resultou em uma injeção de R$ 2,5 milhões nos cofres coxas-brancas. Só a repetição da campanha em 2012 já renderá R$ 3,1 milhões. Caso o time paranaense conquiste o título inédito diante do Palmeiras, a CBF pagará um prêmio de R$ 4,1 milhões.

Mercado

Coritiba abre negociação para contratar Loco Abreu

Da Redação

O empresário do atacante Loco Abreu, do Botafogo, esteve ontem pela manhã no Couto Pereira para tratar da transferência do jogador para o Coritiba. O uruguaio Jorge Chijane, procurador do atleta, se reuniu com o superintendente de futebol Felipe Ximenes para tratar da negociação.

A informação foi confirmada por fontes da Gazeta do Povo, porém tanto o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, quanto o procurador do atleta negam o contato. Ximenes não foi encontrado para comentar ao assunto.

O jogador de 35 anos aceitaria receber em torno de R$ 180 mil, mesmo valor pago pelo clube carioca. Os valores seriam altos na avaliação alviverde, que ficou de dar uma resposta definitiva.

O interesse do Coxa foi revelado ainda na segunda-feira pelo presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, durante o programa Bem Amigos, do SporTV. Segundo ele, o clube entrou na disputa pelo atacante, que já estaria em negociações avançadas com o Figueirense.

De acordo com o presidente da equipe catarinense, Nestor Lodetti, o acerto estaria próximo, faltando negociar algumas questões burocráticas. "Está tudo bem encaminhado, mas dependemos do atleta e do Botafogo para que seja concretizado. Sempre existe a chance de outro clube oferecer algo a mais, como já aconteceu anteriormente", declarou.

Contratos de patrocínio, exposição na mídia nacional, aumento do valor de mercado e assédio de outros clubes. Chegar à segunda decisão seguida da Copa do Brasil disparou o gatilho financeiro no Alto da Glória. O Coritiba e seus jogadores contabilizam uma valorização expressiva às vésperas do início da decisão com o Palmeiras e seguem projetando ganhos.

O volante Willian é um dos símbolos desse crescimento. No início do ano, a Pluri Consultoria, empresa de Curitiba especializada em futebol, divulgou um estudo que apontava o jogador como o mais valioso do Campeonato Paranaense, com valor de mercado de R$ 4,6 milhões. Um levantamento similar, publicado ontem, apontou novamente o meio-campista como atleta mais atraente mercadologicamente do Coritiba: cinco meses depois, porém, a quantia subiu para R$ 5,3 milhões.

"E se o time for campeão, na quinta que vem pode rasgar essa lista que o elenco inteiro ficará mais valorizado", afirma o economista e especialista em Gestão de Marketing Fernando Ferreira, da Pluri.

Para Willian, esse valor de mercado se traduz, por exemplo, na troca do fornecedor de material esportivo. Até ano passado ele era jogador da Asics. No início de 2012, fechou acordo com a Nike por duas temporadas. "O primeiro ano do contrato com a Nike é três, quatro vezes melhor que o segundo com a Asics", compara Giancarlo Petruzzielo, empresário do atleta. Segundo a Gazeta do Povo apurou, o jogador recebe da companhia norte-americana R$ 12 mil em roupas por mês.

Emerson, Anderson Aquino e Rafinha também se tornaram atletas da empresa americana de material esportivo neste ano. A exemplo do volante, tiraram proveito do acordo que o Coritiba fechou com a empresa. Everton Ribeiro, que se tornou titular ao longo da temporada, também conseguiu um acordo pessoal, com a Asics.

Outra maneira importante de medir essa valorização, o aumento do assédio de outros clubes também cresceu. "O mercado está aceso, já existiram várias propostas. Mas se sai negócio ou não, a decisão é do clube", diz Luiz Alberto Oliveira, da L.A. Sports, gestora da carreira de oito jogadores alviverdes. Um deles é Emerson, que tem uma proposta de R$ 3 milhões do Internacional por 80% dos seus direitos federativos.

"Desde a classificação para a final, tem quatro clubes monitorando de perto o Willian. Recebo ligações quase diárias, empresários perguntam sobre ingresso para a final", diz Petruzzielo.

O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, é mais comedido ao tratar de mercado. Aponta a crise europeia como culpada por reduzir o ímpeto dos empresários. "Por incrível que pareça, não apareceu nenhuma proposta. Com a Europa em dificuldade só sobra a Ásia", diz o dirigente. Para o clube, a valorização deve se materializar em patrocínios pontuais para a final – somente um deles na camisa.

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