Keirrison troca técnica por raça e força para levar o Coritiba à vitória
A estrela de Keirrison, aos 47 minutos do segundo tempo, foi fundamental para o Coritiba virar e vencer a Ponte Preta por 2 a 1. O centroavante, que não era titular há um mês e não marcava há 45 dias, mostrou estar com o faro de gol intacto.
O K9 sofreu durante todo o jogo por conta do gramado ensopado e pouco produziu. No segundo tempo, como o resto do time, Keirrison trocou técnica por raça e força. Deu certo.
"Eu vinha treinando muito para estar preparado quando a oportunidade viesse. Graças a Deus, fui iluminado. Quero ser titular em todos os jogos e trabalho para isso", comemorou ele, que contra o Vitória, sábado no Barradão, deve voltar ao banco.
Aliás, o banco de reservas tem feito bem a quem entra nos jogos do Coxa. Sábado, nos 4 a 1 sobre o Barueri, Marlos entrou no intervalo e desequilibrou. Ontem, além de Keirrison (que só começou a partida por conta da suspensão de Gustavo), vieram da reserva durante o jogo os meias Diogo e Túlio, para dar uma nova cara à equipe na etapa final.
"Estou satisfeito por quem está vindo do banco resolver. Quem não está jogando tem de estar de cara feia, treinando muito e sério para merecer uma chance", avisou o técnico René Simões, contente também com a entrada de Hugo. "Não tinha ainda visto esse jogador atuar e foi uma grata surpresa", disse.
Diante do Vitória, Careca e Gustavo voltam, mas Caíco, Henrique e Pedro Ken estão fora pelo terceiro amarelo. (RL)
Chuva, frio, marcação cerrada e muita dificuldade para jogar driblando adversários e poças da água. A vitória de virada do Coritiba, por 2 a 1, sobre a Ponte Preta, poderia até valer mais do que três pontos, tamanho o sofrimento para alcançá-la.
O gol que assegurou o triunfo de ontem saiu só aos 47 minutos da etapa final e premiou o time que lutou até o fim, contra um outro que só se defendeu. O resultado mantém o Coxa em segundo lugar com 26 pontos e ratifica a força dentro do Couto Pereira na Série B em sete jogos foram seis vitórias e só uma derrota.
Antes do jogo, era só olhar a escalação da equipe de Campinas (com seis no meio-de-campo e só um no ataque) para saber que a única aposta dos visitantes seria uma enorme retranca para tentar algo em um descuido alviverde.
Entretanto, os donos da casa deram chance ao azar e a falha veio. Aos 11 minutos de jogo, Héverton avançou livre pela esquerda, tabelou com Róger e foi mais rápido do que a defesa para abrir o marcador.
Um gol logo no início era tudo que o técnico Nelsinho Baptista queria para intensificar sua tática defensiva. Enquanto do outro lado, a ansiedade, as poças da água e os poucos espaços deixados pelo rival provacavam erros.
"Se com o campo seco já é difícil com eles fechados, imagina com o gramado encharcado. Temos de apostar nas bolas paradas", pediu no intervalo o meia Pedro Ken, sem imaginar o que viria pela frente.
E exatamente nas bolas paradas é que a virada ocorreu. Com a dificuldade em que as coisas se desenhavam, vale até gol impedido. Na falta batida por Anderson Lima, Henrique apareceu sozinho (a posição era irregular) e empatou aos 26 da segunda etapa.
O lance significou a igualdade no placar e a desigualdade no número de jogadores. Graças ao defensor Anderson, ex-Coritiba, hoje na Ponte, que deu um chute em Henrique logo após o gol, foi expulso e aumentou a esperança do vira-vira.
Nos acréscimos, a receita para chegar à vitória foi a mesma: todo mundo na área e bola no pé de Anderson Lima. No rebote de um escanteio, o capitão cruzou, Keirrison foi rápido no segundo poste e mandou para a rede (47).
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Em CuritibaCoritiba 2 x 1 Ponte Preta
CoritibaÉdson Bastos; Anderson Lima, Henrique, Leandro e Douglas Silva (Diogo); Rodrigo Mancha, Pedro Ken, Marlos e Caíco (Hugo); Henrique Dias (Túlio) e Keirrison. Técnico: René Simões.
Ponte PretaDênis; Anderson, Émerson e João Paulo; Júlio César, Pingo, João Marcos, Ricardo Conceição, Héverton (Alê) e André; Roger (Beto). Técnico: Nelsinho Baptista.
Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Fabrício Neves Corrêa (RS). Amarelos: Pingo, Anderson, Júlio César, João Marcos e André (P); Henrique, Pedro Ken, Caíco e Túlio (C). Vermelho: Anderson (P). Gols: Héverton (P), aos 11 do primeiro tempo; Henrique (C), aos 36, e Keirrison (C), aos 47 do segundo tempo. Renda: R$ 49.445,00. Público: 6.832 (5.233 pagantes).
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