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Ontem, o luminoso na fachada do Couto apontava 16 dias para a volta | Antonio Costa / Gazeta do Povo
Ontem, o luminoso na fachada do Couto apontava 16 dias para a volta| Foto: Antonio Costa / Gazeta do Povo

Alviverdes

Metralhadora carregada

O técnico Ney Franco atirou pra valer após a vitória sobre o Icasa: "Tenho informante, querem me derrubar. O que mais tem no futebol é Pinóquio e Judas", afirmou, sem dar nomes, mas demonstrando que absorveu calado à pressão nas três derrotas consecutivas. O treinador, que rejeitou propostas de Cruzeiro e Corinthians para ficar no Coxa mesmo após o rebaixamento, também cobrou publicamente os atletas: "Nossa equipe vai ter de jogar muito mais do que está jogando para subir."

À disposição

O goleiro Edson Bastos foi liberado pelo departamento médico e poderá estar em campo contra o Guaratinguetá, sábado, se assim o treinador quiser. Vanderlei, que o substituiu nas últimas três partidas, disputa a posição.

Campanhas na tevê, rádio, outdoor e internet já trazem o Coritiba para casa. Joinville não deixará saudades. Por mais grato que o clube possa ser à cidade catarinense, que o acolheu du­­rante a pena imposta pelo STJD, o contador colocado no Couto Pereira e o marketing agressivo adotado a 16 dias da volta para casa confirmam a máxima: não há mesmo lugar como o lar.A partida contra o Náutico, no feriado de 7 de setembro, marca o fim da relação com Joinville. Os dez jogos da punição serão finalmente cumpridos. No geral, a diretoria coxa-branca – prejuízos a parte – faz um balanço positivo. "Não só para a gente, mas para Joinville. Havia uma rejeição muito grande, chegou a existir mobilização lá para que o Coritiba não fosse. E agora temos certeza absoluta de que quebramos isso", diz Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente coritibano.

Os prejuízos em viagens, a baixa média de público – nos últimos dois jogos, pouco mais de 700 pagantes – e as constantes reclamações quanto ao gramado ficarão para a história. O que o Coxa contabiliza, além de ter se mantido no G4 da Segundona durante o período, é a manutenção no númer o de sócios. Hoje, o número está entre 7 e 8 mil; após uma baixa de 2,5 mil (logo após o rebaixamento no Brasileiro) e um pico de 10 mil (no título estadual).

Contando com o acesso à Série A, Andrade revela uma meta ambiciosa. "Nossa crença é que o clube deveria ter entre 40 e 50 mil com naturalidade. Sabemos que não vamos sair de 2,5 a 50 mil em nove meses. Mas a meta é chegar entre 15 a 20 mil até o final do ano e quem sabe 30 a 35 mil em 2011", projeta.

Para tanto, o Coritiba aproveita-se da volta ao lar. Dois novos planos associativos e carros equipados para captar novos sócios circularão pelo estado. Cidades da Região Metropolitana de Curitiba, além de Jaguariaíva, Irati e São Mateus do Sul, serão as primeiras exploradas pela estratégia.

O gerente de marketing do clube, Roberto Pinto, chegou a temer uma redução brusca do quadro, mas agora comemora a fidelidade dos associados coritibanos. "Tivemos média de mil pessoas em Joinville. Ou seja: 85% da base associativa não foi e continuou sócio."

Antes da partida entre Coxa e Portuguesa, dia 18, no Couto, o último laço com Join­­ville será rompido. O campeão escolar joinvilense en­­frentará o Coritiba sub-14, aos olhos da imprensa da cidade, que virá com despesas pagas pelo clube.

Depois do penoso exílio, o Coxa – quem diria – quase comemora a passagem por Joinville: "Con­­tinuamos sendo um clube de Curitiba. O interesse lá segue nos catarinenses. Mas deixaremos uma imagem positiva", diz o gerente de marketing.

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