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Apesar das lembranças ruins do rebaixamento de 2009, Marcos Aurélio quer que o Coritiba olha para frente, concentrando forças no duelo de hoje com o Fluminense | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Apesar das lembranças ruins do rebaixamento de 2009, Marcos Aurélio quer que o Coritiba olha para frente, concentrando forças no duelo de hoje com o Fluminense| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Coxa se incomoda com merchandising nos gols

Mãos na cintura, a perna esquerda levemente erguida e o corpo virado de lado para a câmera de televisão. Quando Anderson Aquino marcou o terceiro gol na vitória do Coritiba sobre o Figueirense, na semana passada, fez uma comemoração curiosa que, segundo o atacante, homenageava um amigo recém-conhecido: o "Capitão". Na verdade, tudo isso não passava de uma ação de marketing que criou uma saia-justa no clube alviverde.

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Ao ouvir a iminente pergunta, o constrangimento toma conta da expressão antes descontraída do atacante Marcos Aurélio. "A última vez [que o Coritiba enfrentou o Fluminense]? Hã... foi no... hã... na caída nossa, em 2009", diz, acanhado, formando uma sentença arrastada e repleta de simbolismo. Ao lado do zagueiro Pereira, o atacante será titular hoje, às 18h30, no Couto Pereira. É o primeiro reencontro com o rival carioca desde o marcante 6 de dezembro de 2009 e a chance de deixar esse fantasma, de vez, no passado.

Um ano e meio atrás, ambos estavam em campo no empate (1 a 1) que traçou, em direções opostas, o caminho que os clubes seguiriam. Depois de confirmada a queda coxa-branca, aquela ensolarada tarde de domingo virou uma tormenta de lágrimas, barbárie e destruição no Alto da Glória, mas que também marcou uma revolução.

O Coritiba rompeu com as torcidas organizadas e começou processo certeiro de profissionalização interna. Foi campeão paranaense, retornou à elite com o título da Segunda Divisão. Neste ano, garantiu, invicto, o bicampeonato estadual, cravou a maior série de vitórias do futebol nacional e ficou muito perto de uma inédita conquista na Copa do Brasil. Já o Fluminense, mesmo sem se estruturar, chegou ao primeiro título nacional após 26 anos.

"Acho que é um jogo normal, jogo normal. O Fluminense conquistou o Brasileiro, nós conquistamos a Série B. Mudou muita coisa [desde então]. São duas grandes equipes. Não dá para definir um confronto desses em uma partida só, que foi decisiva, que passou. Agora é outra situação, outra história", assinala o capitão Pereira, autor do gol de empate na ocasião. Marquinho, res­­ponsável pelo gol do Flu­­mi­­nense, está fora do reencontro por problemas contratuais.

Do atual elenco coxa-branca, além dos já citados, Vanderlei, Jéci e Leandro Donizete entraram em campo no jogo do descenso. Do grupo tricolor, restam apenas o zagueiro Gum, o lateral-direito Mariano, o volante Diogo e o atacante Fred, que está com a seleção brasileira na Copa América.

Após se recordar da partida que mudou a história de Coritiba e de Fluminense, Marcos Aurélio aponta o caminho. É para frente, não para trás, que o clube deve pensar a partir desta de agora, apesar da lembrança ruim e das lições aprendida. Situação ideal para marcar um necessário recomeço na temporada.

"[Vamos] procurar esquecer esse passado e viver o presente. Esse jogo vai ser importante para nossa retomada. Vamos fazer uma grande partida", aposta.

Ao vivo

Coritiba x Fluminense, às 18h30, no lance a lance da Gazeta do Povo.

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