• Carregando...
Elenco posa para a foto: de acordo com o planejamento da diretoria alviverde, o Coritiba Crocodiles poderá mandar alguns jogos no Couto Pereira | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Elenco posa para a foto: de acordo com o planejamento da diretoria alviverde, o Coritiba Crocodiles poderá mandar alguns jogos no Couto Pereira| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Quem for ao Parque Barigui a partir das 13h30 de hoje vai perceber uma movimentação diferente, em verde e branco: é a pe­­nei­­ra de jogadores para o Cori­­tiba. Peneira, não. Try out. Afinal, a seletiva em questão é para chutar com as mãos, no futebol americano.

Isso porque, no início da semana, o Coxa – o do jogo bretão – fir­­mou uma parceria com o Ba­­rigui Crocodiles, time criado em 2003 cujo nome faz referência ao jacaré que morava no lago do parque. Em 2010, foram bicampeões paranaense e vice-campeões do Brasil Bowl, espécie de Brasileirão da Série A da bola oval.

Assim, os crocodilos passam a ser o Coritiba Crocodiles. Por isso a diretoria da equipe espera que o try out de hoje seja (bem) mais mo­­vimentado do que o das temporadas anteriores. Afinal, de uma hora para outra, conquistou o apoio de toda uma torcida.

Com a parceria, o Crocodiles ganha o direito de usar o símbolo do Alviverde nos uniformes e ca­­pacetes. Em contrapartida, terá de priorizar o uso do uniforme 2, em verde e branco, ao invés do primeiro, verde e preto. Na assinatura do contrato de um ano (com possibilidade de renovação) não se falou em cifras. Apenas na cláusula que determina que o centenário Coritiba não investirá em patrocínio e o Coxa novato não terá de pagar pelo uso da marca.

De acordo com especialistas, contudo, maior vantagem levou o time do futebol americano. "A visibilidade que a equipe ganha é incalculável. Eu, até agora, nem sabia que existia um time chamado Crocodiles. Vincula-se a uma marca supervaliosa, a de um clube da Série A", diz Amir Somoggi, consultor em Marketing e Gestão de Clubes de Futebol.

À equipe do Alto da Glória, o apoio sem custo aos crocodilos é uma "oportunidade que caiu no colo do clube" para gerar mídia espontânea (notícias), destaca Somoggi. "Abarca um modismo [que é a atração pelo futebol americano] de um público classe média, média alta", afirma ele, fazendo uma ressalva: "Seria mais interessante intensificar o apoio a esportes tradicionais, como o futsal, ou olímpicos, como o rúgbi".

"É uma estratégia de marketing simpática e pode retornar em mais produtos licenciados com o nome do Coritiba. Todos ga­­nham", avalia o especialista em Mar­­­­keting Esportivo José Carlos Brunoro.

O presidente do Coritiba Cro­­co­­diles, Gerard Kaghtazian Ju­­nior, afirma que é uma possibilidade de conquistar patrocinadores, indicados pelo Coxa. "O futebol americano vem ganhando espaço no Brasil, especialmente nos últimos dois anos. Seria interessante que outros clubes investissem nos times daqui", diz.

Já a Federação Paranaense de Futebol Americano terá mais trabalho. Nada, porém, a se reclamar. "Temos de estar preparados para difundir, ainda mais, o esporte", ressalta o presidente Adan Rodriguez.

Os Crocodiles vão mandar al­­guns jogos no CT das categorias de base do Coritiba, mas seguem treinando no Parque Barigui, ao lado do famoso lago. "Estudamos ter jogos no Couto Pereira para os sócios-torcedores", afirmou o superintendente administrativo do Alviverde, José Rodolfo Leite.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]