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Sem saída: principal nome do Coritiba no Campeonato Paranaense, o atacante Marcos Aurélio é cercado por um batalhão de jogadores do Arapongas | Gilberto Abelha/ JL
Sem saída: principal nome do Coritiba no Campeonato Paranaense, o atacante Marcos Aurélio é cercado por um batalhão de jogadores do Arapongas| Foto: Gilberto Abelha/ JL

Opinião

Faltou atitude ao agora ex-líder

Diante de um gramado muito ruim e de um adversário esforçado, o Coritiba mostrou ontem que precisa – e pode – jogar mais futebol neste início de temporada. O técnico Marcelo Oliveira sabe que tem nas mãos uma boa base, provavelmente o melhor elenco de todo o campeonato. Seu time, porém, não exerceu em campo a atitude vencedora que todos esperam, e que inclusive já foi mostrada em outras rodadas. Em boa parte do jogo, o Alviverde ficou acuado contra um adversário de folha salarial infinitamente inferior. Ao invés de colocar em prática a qualidade que possui, parou na empolgação do rival, que também encarou o mesmo esburacado campo. Rafinha, por exemplo, não jogou. Os alas deixaram a desejar. O ataque criou menos oportunidades do que de costume. Será a deixa para uma alteração no sistema tático? Davi mostrou contra o Cascavel que pode ser titular. Um zagueiro iria sobrar, mas o time ganharia em velocidade e ofensividade. Coisa que, no fundo, além das vitórias, é o que o torcedor mais deseja.

Fernando Rudnick, repórter.

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A liderança do Estadual voltava às mãos do Coritiba até os 47 minutos do segundo tempo. Mas um cochilo da defesa, que resultou no empate por 1 a 1 com o Arapongas, no interior do estado, tirou o time da ponta tabela, agora sob domínio do Cianorte.Tropeço que, segundo a comitiva alviverde, pode ser colocado na conta do gramado do Estádio dos Pás­saros – por causa de uma refoma atrasada, a praça de esportes foi liberada só na semana passada pela Fede­ração Paranaense de Futebol (FPF).

Antes mesmo de a bola rolar, o irregular campo de jogo já era motivo de reclamação por parte do presidente do Coritiba, Jair Cirino, de volta à cena depois de um longo período de ostracismo. O dirigente chegou a ameaçar os responsáveis pela organização do campeonato caso algo de mais grave acontecesse com algum atleta do clube. "Próximo aos gols é simulação de gramado, é chão pintado de verde", criticou ele, emendando outra crítica na sequência. "Não consegui falar nem com o presidente nem com o vice, mas dei o recado para o representante da Federação no jogo."

Álibi que também tomou conta do pós-jogo coritibano. Visivelmente incomodado, o Alviverde se viu obrigado a mudar o jeito de jogar, perdendo especialmente em toque de bola e velocidade, duas das principais marcas do time desde o ano passado. Sem saber como chegar ao ata­­que, o jeito foi apelar para as bolas alçadas na área, normalmente interceptadas pelo rival. "Por causa das condições difíceis do gramado, tivemos que jogar com bolas pelo alto", re­­conheceu o lateral-esquerdo Eltinho.

O técnico Marcelo Oliveira foi outro a encorpar o discurso sobre a qualidade do gramado. Porém, menos agressivo, reconheceu também qualidades no Arapongas, in­­victo até aqui no campeonato em duelos contra times de Curitiba. "Eles aproveitaram que tinham seis jogadores muito altos para alçar a bola em nossa área", afirmou. Elogios dirigidos também ao próprio elenco, apesar do tropeço inespe­rado. "Com essa determinação, po­­demos ir longe", completou, falando especificamente do lance que originou o gol de Bill, em um chute de fora da área. Luciano empatou para os donos da casa.

Leonardo

O atacante Leonardo sofreu uma lesão na coluna ao cair de mau jeito ainda no primeiro tempo. Levado para o Hospital João de Freitas, em Arapongas, o jogador passaria por uma ressonância magnética na noite de ontem.

Adversário

Arapongas festeja empate na elite

Se pelo lado alviverde o resultado decepcionou, para o Arapongas – que voltava a jogar em casa uma partida na elite do Campeonato Paranaense após 20 anos –, o empate nos acréscimos teve sabor de vitória. Para o técnico Lio Evaristo, a equipe jogou bem e mereceu o resultado final. "Os dez minutos finais foram nossos, jogamos para cima e fizemos o gol com méritos." Evaristo alerta que a equipe deve ter um pouco mais de cuidado ao jogar contra times grandes como o Coritiba. "Eles tiveram duas chances de gol e fizeram um", falou.

Destaque do representante do interior, o meio-campo Wellington disse que quando cobrou uma falta na trave, aos 45 minutos, sabia que o empate era questão de tempo. "Naquele momento vi que o gol ia sair." O meia ainda elogiou a postura da equipe. "Os dois times perderam por causa do gramado, mas fomos para cima, encurralamos o Coritiba e merecemos o resultado", comemorou.

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