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Duas perícias com resultados diferentes deverão fazer o caso sobre as assinaturas do ex-presidente do Coritiba, Evangelino da Costa Neves, parar no Ministério Público Estadual.

Ontem, enquanto no Alto da Glória o atual presidente, Giovani Gionédis, distribuía cópia do seu laudo particular à imprensa, que comprovaria que as quatro assinaturas questionadas "emanaram de um único e mesmo punho escritor", a poucas quadras dali, na Assembléia Legislativa, o procurador de Evangelino, Raul Rangel, anunciava que também tinha um laudo favorável. Nele, estaria assegurada a falsificação dos quatro documentos.

"Inclusive duas assinaturas foram feitas por punhos diferentes", afirmou o advogado. Rangel promete apresentar amanhã o documento, que teria sido feito por um perito do Instituto de Criminalística do Paraná.

Uma resposta rápida à pergunta do presidente coxa-branca aos repórteres, na coletiva, quando mostrava a todos o laudo da empresa Fontécnyko, em que um dos sócios é Ari Fontana – exonerado do cargo de diretor do Instituto de Criminalística do Paraná em abril deste ano por suspeita de fraude pericial. O documento alviverde, contudo, foi assinado por Leocádio Casanova e Cristiane B. Fontana.

"Será que agora eles irão arranjar outro laudo para querer contrapor a esse?", provocou Gionédis. O dirigente já devia imaginar que um laudo diferente seria produzido, pois os documentos originais, desde 21 de novembro, estão com o procurador de Evangelino.

Agora, tudo irá parar no Ministério Público, em uma denúncia-crime por falsificação que será apresentada por Rangel ao órgão amanhã. "Ele não provou nada. O documento é unilateral e tendencioso. Ele é parte beneficiada", afirmou Rangel, que também deve entrar com uma ação indenizatória por danos morais.

A mesma atitude que irá tomar Gionédis. "Vou ingressar com uma ação, mas não tem nada a ver com o Coritiba, é por parte pessoal", disse o dirigente, que acusa a oposição de continuar manipulando Evangelino. "Ele foi induzido, com seus 81 anos e muitos AVCs, a negar as assinaturas".

De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, Júlio Militão, uma terceira perícia está em andamento. O resultado é que definirá a abertura ou não do processo de cassação.

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