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Guillermo Rigondeaux, a principal estrela do boxe cubano que desertou no mês passado dos Jogos Pan-Americanos, disse ontem que fugiu porque tinha comido demais e seria desclassificado por estar acima do peso. Ele foi repatriado no domingo a Cuba com seu companheiro de escapada, o campeão mundial Erislandy Lara, após ter sido detido em Araruama (RJ) e ter dito que queria voltar à ilha, de acordo com a Polícia Federal brasileira.

"Houve uma grande indisciplina da nossa parte. Saímos da vila para comprar junto com essas pessoas (empresários) e nos enrolamos. Começamos a beber, comer e passamos do peso", disse Rigondeaux, após voltar para sua casa em Havana.

De acordo com a Polícia Federal, ao serem detidos na semana passada, os boxeadores disseram que haviam sido "dopados" pelos empresários. Os dois pugilistas não compareceram à pesagem oficial, no dia 22 de julho, antes de uma luta do Pan-Americano. "Sentimos medo e fugimos da delegação. Já não tinha mais tempo para emagrecer."

Segundo escreveu Fidel Castro em um artigo publicado ontem, Rigondeaux, bicampeão olímpico dos 54 quilos, e Lara, campeão mundial dos 69 quilos, foram levados pelos empresários alemães a uma praia no estado do Rio de Janeiro acompanhados de três prostituas.

Fidel indicou ainda que ambos não voltariam a defender Cuba em competições de boxe no exterior. "Chegaram a um ponto sem volta como parte de uma delegação cubana nesse esporte", escreveu o líder cubano. "O atleta que abandona sua delegação é como um soldado que abandona seus companheiros no meio de um combate", acrescentou.

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