• Carregando...
Entenda como se joga o rúgbi |
Entenda como se joga o rúgbi| Foto:

Programação

Saiba como acompanhar a maratona de jogos do rúgbi

Local: Paraná Esporte. Rua Pastor Manuel Virgílio de Souza, 1310, Tarumã

Hoje8h45 Abertura9h Início do jogos das categorias juvenil, femininos e adulto até o começo da noite20h30 Torneio GG

Amanhã8h Decisões nas categorias juvenil e feminino10h45 Decisões nas equipes adultas15h Premiação

Partida entre os "fora de forma" anima a rodada

Quilos que ultrapassem os três dígitos na balança e uma barriga proeminente são requisitos bem-vindos em uma das atrações da etapa curitibana do Circuito Brasileiro de Rugby Seven. Os tradicionais jogos GG marcam o encerramento das atividades de hoje. É a primeira vez que antecipa-se a organização da divertida disputa no país e até uma "reforçada" equipe argentina confirmou presença.

"Em alguns torneios coloca-se uma balança e o peso das equipes tem de chegar a uma tonelada. Não vamos chegar a tanto", diz o presidente do Curitiba Rugby Clube, Juarez Vil­­lela Filho.

O jogo peso-pesado é apenas parte do evento curitibano que se consagrou como a se­­­gunda disputa do país, atrás apenas de São Paulo, on­­­de a modalidade começou. Nos jogos a valer, o São José-SP tenta manter a liderança e o Paraná aposta forte na sua equipe juvenil, atual campeã brasileira.

O Seven (sete jogadores em cada time), como é conhecido, é uma versão pocket e ágil do rúgbi tradicional (15 atletas). Ao invés de dois tempos de 40 minutos, são apenas dois de sete minutos. O tempo menor de recuperação entre um jogo e outro permite a organização de torneios em um curto período.

O rúgbi de quinze é baseado na potência dos atletas e na organização coletiva, enquanto o sete é mais veloz e requer mais destreza dos competidores. Os contatos são mais raros e a substituição de jogadores constante, pois o jogo é disputado em campos das mesmas dimensões do 15 (100 m x 69 m).

Juarez Villela Filho compara a evolução do rúgbi sete com maturação ocorrida há algumas décadas no vôlei de praia. "É um processo semelhante. Partiu-se da versão original para uma adaptação. Começa de uma forma simples e com o tempo precisa de especialização, ganha vida própria", afirmou.

38 times, 40 jogos e praticamente 12 horas ininterruptas de rúgbi sete abrem a temporada 2010 em Curitiba. Essa maratona está marcada para hoje. Amanhã, acontecem as finais e mais 30 partidas na 4.ª etapa do Circuito Brasileiro. Jogos femininos, juvenis e adultos suficientes para o público se am­­bientar ao novo espor­te olímpico.

Em 2009 o rúgbi sete e o golfe foram escolhidos para integrar a programação da Olimpíada do Rio-2016. "Somos os mais novos no pedaço. Carinhosamente nos chamam de New Kids On The Block (banda de adolescentes norte-americanos criada em 1984)", brinca Sami Arap, presidente da Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu), que era associação até o ano passado e está em processo de formalização.

Uma mudança de status e de possibilidades. A inclusão no ce­­nário olímpico intensificou a reestruturação do esporte. Um dia após a bola oval "rolar" em Curiti­ba, o planejamento estratégico 2010-2016 será apresentado no site oficial da Confederação. A in­­tenção é traçar as metas para o grande retorno do esporte ao maior evento esportivo do planeta – o rúgbi foi disputado nos Jogos de 1900, 1908, 1920 e 1924.

Curitiba fará parte deste projeto. O estado é considerado o se­­gundo polo do esporte, atrás de São Paulo. Aqui fica um dos três campos oficiais do país. Outro está na capital paulista e o terceiro em São José dos Campos-SP. "O Paraná é um estado muito importante e com certeza vai receber seleções e jogos das equipes nacionais durante a preparação olímpica", explicou o dirigente.

"Além do campo, temos ginásio, alojamento, academia. Uma boa estrutura", garante o presidente do Curitiba Rugby Clube, Juarez Villela Filho.

A formação de seleções adultas e de base masculinas e femininas da categoria sete faz parte do planejamento. "Estamos partindo do nada. Hoje o rúgbi vive de ‘paitrocínio’ ou do esforço do próprio do atleta que paga para jogar, como os custos como passagem e hotel. Não digo que a médio prazo dará para viver do rúgbi, mas vamos montar um projeto para dar condições de administração das equipes", explicou Arap.

Para isso, a Confederação sai de um orçamento anual de R$ 30 mil (referente às inscrições dos atletas nos torneios nacionais) para pleitear no Comitê Olímpico Brasileiro (COB) cerca de R$ 1,5 milhão proveniente da Lei Ag­­nelo Piva.

Caso o investimento seja aprovado, a CBRu almeja colocar a seleção feminina entre as seis melhores do mundo (hoje é 10.ª) e incluir a seleção masculina no cobiçado grupo das 24 melhores com presença garantida na Copa do Mundo. A equipe atualmente ocupa a 30.ª posição.

Esse montante não se refere à criação de centros de excelência e nem contempla o ambicioso projeto de realizar pela primeira vez uma Copa do Mundo de rúgbi no país, cujo custo é estimado em US$ 10 milhões (ou R$ 18,6 mi). O Rio de Janeiro é candidato a receber o evento marcado para 2013.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]